INTRODUÇÃO
Os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são identificados como uma das grandes ameaças contemporâneas, para a Saúde e Segurança dos trabalhadores, sendo os profissionais de saúde dos grupos mais expostos a estes, e de forma particular os Enfermeiros, pois são considerados um grupo de risco por se encontrarem consecutivamente sujeitos a situações de maior exaustão emocional e stress (1). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os transtornos mentais atingem cerca de 700 milhões de pessoas mundialmente, representando 13% do total das doenças (2) e atualmente, segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), os custos financeiros com problemas de saúde mental ascendem anualmente na Europa aos 240 mil milhões de euros, surgindo o stress e a depressão como os problemas mais referidos (3).
Um dos riscos psicossociais que tem despertado maior atenção e tem sido alvo de vários estudos é o Síndrome de Burnout, também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, uma condição mental que se caracteriza por exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal advinda da decorrente tensão emocional que é vivenciada pelo trabalhador (4). Este ocorre quando a situação vivida é encarada como uma incapacidade do indivíduo em responder aos desafios que lhe são impostos e como tal, inicia-se com a consciencialização da falta de controlo da situação (5). Pela sua elevada prevalência, a OMS declarou recentemente na Classificação Internacional de Doenças- 11ª revisão (CID-11) o Burnout como um “fenómeno ocupacional”, reconhecendo-o como um grave problema de saúde (6).
Como referido, a profissão de Enfermagem é considerada como uma das mais exposta aos riscos psicossociais, tendo sido classificada pela Health Education Authority (Autoridade de Educação em Saúde) como a quarta profissão mais stressante no setor público (7), traduzindo-se em elevados níveis de Burnout nos Enfermeiros, como mostra um estudo realizado com Enfermeiros portugueses, onde estes revelam valores elevados sobretudo a nível da dimensão exaustão emocional (27%) e da despersonalização (16%) (8).
A relevância em estudar o stress nos Enfermeiros está relacionada com a natureza dos cuidados que prestam, porque a qualidade e a eficácia do seu trabalho podem ter um forte impacto na saúde dos doentes (9). Sendo de salientar que também as caraterísticas individuais, como a ausência de uma personalidade adequada, autoestima, otimismo e/ou inteligência emocional, têm modulação no desenvolvimento de Burnout (10).
De forma a contribuir para a resolução desta problemática é importante uma aposta crescente na prevenção do stress no local de trabalho, para tal, devem ser adotadas estratégias preventivas adequadas. Estas têm como objetivo a prevenção da síndrome, traduzindo-se num conjunto de atitudes que devem ser tomadas por antecipação, de modo a evitar determinados acontecimentos.
A avaliação de riscos é o cerne da gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, pois sem esta não serão tomadas medidas preventivas adequadas, visto que se um perigo não for identificado, não haverá a possibilidade de ser controlado (11).
É fundamental que a equipa de Saúde e Segurança Ocupacional identifique os fatores de risco nos locais de trabalho, avalie os mesmos e proponha/implemente medidas de prevenção e proteção, com consequente avaliação de eficácia das mesmas, sendo esta tarefa facilitada pelo acompanhamento de proximidade e pela relação terapêutica que estabelecem com os Enfermeiros do Trabalho (12).
A maneira mais eficaz de prevenir e controlar danos à saúde é através da eliminação de perigos e riscos ocupacionais. Por vezes, em contexto organizacional, verificam-se vários riscos envolvidos dificultando a seleção de quais devem ser priorizados de forma a garantir a proteção do trabalhador (11).
Atualmente verifica-se a existência de diversos métodos de avaliação de riscos, sendo um deles o Método da Pirâmide Invertida, elaborada pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), que tem como objetivo abordar de uma forma prática a gestão de riscos no local de trabalho. A pirâmide é composta por cincos níveis de controlo, do mais para o menos eficaz. Sendo os dois primeiros níveis de controlo, respetivamente, a eliminação e a substituição do risco, pode-se concluir que a medida de eliminação é considerada a mais eficaz; no entanto, é a tarefa mais difícil de ser realizada (13). Quando não é possível a eliminação do risco, este deve ser reduzido e controlado, implementando as medidas definidas. A eliminação/redução dos riscos deve ser assegurada através de avaliações periódicas juntos dos trabalhadores (14).
Devido à elevada pertinência desta temática estabeleceu-se como objetivo deste artigo, descrever o conhecimento sobre as estratégias que devem ser adotadas, tanto a nível individual como organizacional, para a prevenção do Burnout nos Enfermeiros.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão da literatura que tem a finalidade de reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um determinado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento (15).
Para a construção da questão de investigação e definição dos critérios de inclusão e exclusão utilizou-se o método PI[C]OD. Desta forma: “P” corresponde a: Participantes - Quem foi estudado?; “I”: Intervenções - O que foi feito?; “C”: Comparações, entre parênteses, pois podem ou não existir; “O”: Outcomes - Resultados, efeitos ou consequências das intervenções e “D”: Desenho do estudo (16).
Posto isto definiu-se:
P - Participantes - Enfermeiros
I - Intervenções - Prevenção do Burnout
[C] - Comparações - Não se aplica
O - Outcomes (resultados) - Estratégias de prevenção do Burnout nos Enfermeiros
D - Desenho do Estudo - Estudos Quantitativos e Qualitativos
O presente artigo teve como base a seguinte questão de investigação: “Quais as estratégias utilizadas na prevenção do Burnout nos Enfermeiros?”.
Como critérios de inclusão definiram-se: estudos originais, em português ou inglês, publicados desde 2015 e em texto completo. Como critérios de exclusão consideraram-se: artigos com custo adicional, estudos repetidos e qualquer artigo não referente à temática em estudo.
Foi realizada uma pesquisa na plataforma de acesso B-on e base de dados SciELO, utilizando os descritores Mesh: Burnout, Estratégias de prevenção e Enfermeiros e as respetivas correspondências em inglês: Burnout, Prevention Strategies e Nurses, associados ao operador booleano AND.
Para a seleção dos estudos, os artigos foram avaliados inicialmente pelo título e resumo para identificação dos critérios de inclusão. Posteriormente, foi realizada uma análise completa de cada artigo selecionado. No Quadro 1 apresenta-se resumidamente as pesquisas realizadas.
Todo o processo de pesquisa seguiu as diretrizes PRISMA, podendo o fluxograma representativo do mesmo ser consultado na Figura 1.
RESULTADOS/ DISCUSSÃO
Após o processo de pesquisa, selecionaram-se sete artigos que vão ao encontro da questão de investigação, onde são identificáveis as estratégias para a prevenção do Burnout nos Enfermeiros. Elaborou-se um Quadro de análise dos artigos (Quadro 2), de forma a facilitar a síntese de informação.
Os Enfermeiros constituem a maioria dos profissionais de saúde e vivenciam o meio hospitalar de uma forma muito específica devido às tarefas que desempenham, que exigem uma constante interação com os doentes e outros profissionais da instituição (17). É por isso relevante estudar a classe profissional de Enfermagem, visto que estes estão altamente expostos ao stress no local de trabalho, vivenciam diariamente situações imprevisíveis, executam tarefas por vezes desagradáveis e angustiantes, necessitam de prestar cuidados constantes a pessoas doentes e são expostos a condições de trabalho inadequadas, relacionadas quer com o ambiente, quer com os recursos materiais (9). Eles lidam diariamente com a dor física e emocional, estando expostos a sofrimento, conflitos, disputa de poder, ansiedade e stress (18).
Segundo Batalha, 2020 verifica-se uma relação entre níveis moderados a elevados de Burnout e a manifestação de vulnerabilidade psicológica nos Enfermeiros, repercutindo-se a nível pessoal e profissional, com um decréscimo da qualidade dos cuidados prestados (18). Constata-se também um crescente e preocupante aumento da relação entre níveis elevados de Burnout e a manifestação de intenção, por parte dos Enfermeiros, de abandonar o atual local de trabalho ou até mesmo a profissão (19)(20). Tais factos reforçam a pertinência do estudo dos fatores de risco ao desenvolvimento do Burnout e quais as estratégias a implementar.
Para uma análise mais diferenciada e sistematizada classificou-se por categorias alguns desses fatores que contribuem para o stress ocupacional nos profissionais de Enfermagem:
Sobrecarga de trabalho
A contratação de um menor número de trabalhadores do que seria necessário para o funcionamento adequado das instituições de saúde, gera uma sobrecarga de trabalho e consequentemente um desgaste físico, mental e emocional (9).
Relações interpessoais prejudicadas
Para se manterem as boas relações no local de trabalho, é fundamental que a equipa de Enfermagem saiba gerir os possíveis conflitos de opiniões, de pensamentos e de interesses. Quando o relacionamento interpessoal da equipa está prejudicado, há uma maior probabilidade de sobrecarga de trabalho, pois a realização de tarefas depende muitas vezes da colaboração entre colegas. Nesse sentido, sugere-se um maior investimento em temas como a liderança, o trabalho em equipa, a cooperação e as habilidades sociais no trabalho, promovendo-se um espaço de acolhimento onde os Enfermeiros possam expressar os seus sentimentos e refletir, sobre a sua relação com a equipa e com os doentes (9).
Convivência com a morte
Outro fator de stress presente no ambiente de trabalho dos profissionais de Enfermagem é a convivência constante com a morte, tendo a agravante de que estes profissionais vivenciam muitas vezes o conflito de comunicar à família a morte do doente, surgindo a necessidade de as instituições de saúde disponibilizarem apoio psicológico, quando necessário (9).
O stress ocupacional resulta então de um complexo conjunto de fatores, não sendo consequência apenas de um único fenómeno presente no ambiente de trabalho, podendo estes ser classificados como internos (aqueles associados à forma como o indivíduo reage perante situações que surgem no seu quotidiano) ou externos (que reportam a fatores presentes no ambiente) (9).
Segundo vários autores, as estratégias a utilizar para prevenir o Burnout nos Enfermeiros podem ser divididas em dois grupos: Individuais e Organizacionais (18) (21) (22). A nível individual identificaram-se como estratégias preventivas, o desenvolvimento de autoavaliação e promoção do autoconhecimento (18), devendo o Enfermeiro apostar na investigação da temática e ter a autonomia de frequentar formações sobre Burnout e os seus principais sinais e sintomas, de forma a facilitar o seu reconhecimento (22) e promover exercícios de autorreflexão e autodescoberta (23); a gestão adequada do stress, através da adoção de comportamentos saudáveis, tais como a ingestão de uma alimentação adequada, usufruir do período de férias e evitar o sedentarismo, realizando atividades de lazer e recreação; a idealização de expectativas realistas no local de trabalho; a promoção da partilha com os colegas e o recurso a psicoterapia em casos mais graves (18). Os Enfermeiros que não investem na promoção do seu bem-estar e da sua qualidade de vida, acabam por concentrar toda a sua atenção no trabalho. Consequentemente, quando este não corresponde às suas expectativas, ficam mais vulneráveis e tornam-se mais suscetíveis a desenvolver elevados níveis de Burnout (22).
No que diz respeito às estratégias a implementar a nível organizacional, estas centram-se no local de trabalho e tentam alterar as condições que estão a causar stress nos Enfermeiros, pois ambientes capacitados como positivos traduzem-se numa maior satisfação laboral, menores níveis de exaustão e uma menor intenção de abandonar o emprego atual e a profissão, o que pode melhorar o atendimento ao doente (19). A organização laboral deve promover a redefinição de tarefas; a aposta no reconhecimento das equipas e dos profissionais e o desenvolvimento de políticas mais justas e equitativas (18) tais como, fornecer formação contínua (19), promover a rotatividade dos Enfermeiros, com base no seu perfil individual e objetivos pessoais, procurando melhorar a adequação das suas funções (10) e incluir os Enfermeiros na tomada de decisão, partilhando com estes mais informações acerca de possíveis mudanças a efetuar e dos objetivos a atingir (24).
Identificam-se ainda como medidas preventivas de stress no local de trabalho, o recrutamento de mais Enfermeiros para aliviar a notória escassez de pessoal e assim reduzir a carga de trabalho; a remuneração adequada e atempada; a disponibilização de instalações recreativas, onde seja possível realizar pausas ou períodos de descanso; a criação de programas periódicos nos serviços, sobre diferentes aspetos da prática profissional como estratégias eficazes de coping, comunicação interpessoal e gestão de stress. É também assinalada como uma estratégia preventiva, o desenvolvimento de ferramentas de medição, válidas e confiáveis para uma avaliação periódica dos níveis de Burnout nos Enfermeiros (21), tais como, a aplicação do Maslach Burnout Inventory (MBI), que se divide em 3 dimensões: Exaustão Emocional, Despersonalização e Realização Pessoal. Inclui 22 itens medidos numa escala de 0 a 6 pontos (“nunca” até “todos os dias”). Para a avaliação global foi estabelecido Burnout alto, quando 2 a 3 dimensões têm níveis altos; Burnout médio quando 2 ou mais dimensões têm valores médios e Burnout baixo quando mais de duas dimensões têm níveis baixos (17) e a Escala de Stress Profissional em Enfermeiros que integra 4 dimensões: Sobrecarga (4 itens), Interação conflituosa (4 itens), Contacto com a morte e dor (4 itens) e Ambiguidade de papel (4 itens). É constituída por 16 itens, medidos através de uma escala de 4 pontos, variando entre 1 “Discordo totalmente” e 4 “Concordo totalmente”. Pontuações mais elevadas indicam maior intensidade dos fatores de stress profissional (25).
Assim verifica-se que as estratégias de prevenção de Burnout existentes passam não só, pela promoção do autoconhecimento e da autogestão do stress, como também pelo contributo das instituições que empregam os Enfermeiros, existindo ainda estratégias pouco estudadas, como a aposta em práticas mente-corpo (ex.: yoga), que promovem a gestão de stress e a construção de resiliência emocional. Num estudo de Alexander, Walker e Wong, 2015 é reforçada esta perspetiva através de um estudo experimental de oito semanas, com dois grupos de vinte enfermeiros: um grupo submetido a um programa supervisionado de yoga, face a um grupo controlo. No fim do estudo, a amostra dos Enfermeiros que praticaram yoga apresentava maiores níveis de autocuidado e atenção e menos exaustão emocional e despersonalização, comparativamente ao controlo. Salientando-se que as organizações que as disponibilizarem aos seus trabalhadores, podem obter um retorno positivo, tanto a nível do autocuidado, da saúde mental, como dos indicadores relacionados com a segurança do doente e com a qualidade dos cuidados prestados (23).
Nem sempre existe reconhecimento do desgaste que a profissão provoca na saúde dos Enfermeiros, pois o enfoque assenta, muitas vezes, na maximização da qualidade dos cuidados prestados, levando a uma desvalorização do bem-estar e da saúde dos Enfermeiros (17). Neste sentido, deve-se promover a saúde psicológica e favorecer a felicidade no local de trabalho, através de estratégias como o comprometimento organizacional e a resiliência, em vez de apenas se reduzir os fatores de stress.
O comprometimento organizacional é identificado como um fator protetor do Burnout, uma vez que consiste num estado mental positivo e satisfatório relacionado com o trabalho, traduzindo-se em altos níveis de energia e resiliência mental durante o trabalho. Verifica-se que Enfermeiros com níveis elevados de comprometimento organizacional apresentam uma maior capacidade para gerir as suas necessidades diárias e trabalhar com felicidade (17).
É reforçada também, por vários autores, a importância da promoção de comportamentos resilientes, por parte dos Enfermeiros, uma vez que trabalhadores com elevado grau de resiliência têm a tendência de apresentar baixos níveis de Burnout (18), pois são capazes de, após a adversidade, recuperarem o equilíbrio, tanto em termos mentais quanto emocionais, tornando-se pessoas mais fortes e preparadas. A resiliência, é uma competência que pode ser desenvolvida pelos Enfermeiros, enquanto indivíduo, a partir das suas vivências, sendo considerada fulcral, uma vez que os protege da exaustão emocional e contribui para a sua realização pessoal. De modo a promover comportamentos resilientes, devem ser implementadas estratégias como a realização de pausas no trabalho, especialmente após o falecimento de um doente; a criação de meios de apoio para os Enfermeiros; a promoção de atividades sociais fora do hospital e o estabelecimento de um clima de confiança (26), através do recurso a ações de formação, psicoeducação, treino de competências, dinâmicas de grupo e focus group, que corresponde a uma metodologia com recurso há partilha de opiniões e observação das reações dos participantes, procurando-se analisar e identificar pontos fortes e fracos que devem ser melhorados e trabalhados (10).
Pela existência de estudos que referem a incidência de stress nos Enfermeiros e estudantes de Enfermagem, que futuramente irão ingressar na vida profissional, surge a necessidade de reforçar também o incentivo à promoção da saúde mental, através da Enfermagem do Trabalho ou de Serviços de Saúde Ocupacional e das Escolas de Enfermagem, que no âmbito dos seus planos de estudo, devem incluir conteúdos relacionados com a gestão do stress e prevenção do Burnout. (17).
CONCLUSÃO
Este artigo teve enfoque no sofrimento mental e psicológico que os Enfermeiros vivenciam no seu local de trabalho, apesar da dedicação e envolvimento com que desempenham as suas funções. Pretendeu-se, que o Burnout deixe de ser abordado apenas com foco nos fatores desencadeantes, mas sim numa perspetiva preventiva, com a identificação de estratégias promotoras de bem-estar e saúde mental nos Enfermeiros.
A prevenção do síndrome de Burnout nos Enfermeiros passa pela aposta na adoção de estratégias, tanto a nível individual como organizacional. O Enfermeiro, enquanto indivíduo, deve desenvolver a capacidade de autocontrolo do stress e de autorreconhecimento dos sinais e sintomas de Burnout, com vista a promover a sua saúde mental e o seu bem-estar. A organização deve adotar também um papel importante na prevenção do Burnout, uma vez que tem a possibilidade de criar as condições necessárias para um local de trabalho mais saudável e menos promotor de stress.
Respondendo à questão de investigação, identificámos que estratégias como o treino de resiliência, a prática de yoga, a promoção do autocuidado, o comprometimento organizacional e o incentivo à promoção da saúde mental têm sido alvo na prática, verificando-se que equipas de Enfermagem com elementos mais capacitados de saúde mental conseguem desempenhar funções de maior qualidade e eficácia. Estas estratégias visam reverter o aumento exponencial do Burnout na sociedade atual e possibilitar às instituições de saúde terem Enfermeiros que, para além da sua elevada dedicação, estejam motivados e satisfeitos com a sua atividade profissional.
Quatro dos sete estudos analisados reportam a Enfermeiros portugueses: este facto revela uma consciencialização da prevalência crescente de níveis de Burnout na população portuguesa, em especial na nossa população alvo, os Enfermeiros. Conclui-se ser fulcral o estudo crescente desta temática, e a formação de estratégias custo-efetivas, uma vez que com as estratégias adequadas e focadas na prevenção da síndrome de Burnout, há uma notória diminuição dos níveis de stress nos elementos das equipas de Enfermagem e consequentemente uma melhoria da qualidade dos cuidados prestados.