SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.61 número1Evolução dos Acufenos em doentes com Surdez Súbita submetidos a Oxigenoterapia HiperbáricaConsulta de Voz do Hospital Dona Estefânia: casuística pré e pós videolaringoscopia de chip distal índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

versão On-line ISSN 2184-6499

Rev Port ORL vol.61 no.1 Lisboa mar. 2023  Epub 31-Mar-2023

https://doi.org/10.34631/sporl.1052 

Artigo Original

Bruxismo na idade pediátrica - implicação da hipertrofia das amígdalas e adenóides na sua etiologia e resolução

Pediatric bruxism - implication of tonsil and adenoid hypertrophy in its etiology and resolution

1 Hospital Beatriz Ângelo, Loures, Portugal

2 Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal


Resumo

Objetivo:

Identificar a prevalência de bruxismo em crianças com distúrbios respiratórios do sono de causa obstrutiva (DRSO) e avaliar o impacto da adenoamigdalectomia na resolução do bruxismo.

Desenho do Estudo:

Estudo observacional retrospectivo de 54 crianças com DRSO submetidas a adenoamigdalectomia.

Materiais e Métodos:

Questionário aplicado aos cuidadores de crianças com idades entre os 2-12 anos, que realizaram adenoamigdalectomia por DRSO entre Janeiro e Novembro de 2021, no Hospital Beatriz Ângelo.

Resultados:

Foram avaliadas 54 crianças e verificou-se que 40,7% das crianças apresentavam bruxismo, sendo que apenas 9,3% apresentava bruxismo após a cirurgia.

Conclusão:

Tal como descrito na literatura, o nosso trabalho mostra a existência de uma relação entre adenoamigdalectomia e o bruxismo, verificando-se a melhoria ou resolução em 77% das crianças com bruxismo.

Palavras-chave: Bruxismo; Hipertrofia adenoamigdalina; Adenoamigdalectomia; Distúrbios Respiratórios Obstrutivos Sono

Abstract

Objective:

To identify the incidence of bruxism in children with obstructive sleep-disordered breathing (OSRD) and to evaluate the impact of adenotonsillectomy on the resolution of bruxism.

Study Design:

Retrospective observational study of 54 children with OSRD who underwent adenotonsillectomy.

Materials and Methods:

Questionnaire applied to caregivers of children aged 2-12 years, who underwent adenotonsillectomy for OSRD between January and November 2021, at Hospital Beatriz Ângelo.

Results:

54 children were evaluated and it was found that 40,7% of the children had bruxism, with only 9.3% after surgery.

Conclusion:

According to our study, as it has been already described in the literature, there is a relationship between adenotonsillectomy and bruxism, with improvement or resolution in 77% of children that presented bruxism before surgery.

Keywords: Bruxism; adenoid hypertrophy; adenotonsillectomy; obstructive sleep-disordered breathing (OSRD)

Introdução

O bruxismo é definido como uma atividade involuntária do sistema mastigatório, produzida por contrações dos músculos elevadores da mandíbula, caracterizado pelo comportamento parafuncional de ranger e/ou apertar os dentes. 1 Pode ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou quando a pessoa está vigil (bruxismo em vigília). 1

O bruxismo pode ser diagnosticado numa perspectiva clínica pelos seguintes sinais e sintomas: história actual de apertar e/ou ranger os dentes ou sons confirmados por outros; detecção de facetas de desgaste dentário anormais, não compatíveis com o desgaste funcional; cefaleia; cansaço ou fadiga muscular ao acordar; estalidos e ruídos na articulação temporomandibular (ATM); dentes hipersensíveis ou hipertrofia dos músculos da mastigação.2

O bruxismo é frequentemente assintomático, podendo-se tornar clinicamente significativo quando interfere no sono ou resulta em desgaste dentário, cefaleias, dor e/ou fadiga muscular na mandíbula e rigidez ou dificuldade de abertura da mandíbula ao acordar. 3 Relativamente às suas complicações, salientam-se o risco de desenvolver sintomas decorrentes de alterações temporomandibulares (mialgia e artralgia), hipertrofia muscular, desgaste e fraturas dentárias, e até mesmo perdas dentárias. 3

Os principais factores de risco de bruxismo são: distúrbios do sono, como Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) ou parassonias; má oclusão dentária; distúrbios psiquiátricos; doenças neurológicas, como paralisia cerebral ou epilepsia e refluxo gastroesofágico, uma vez que a estimulação do ácido intraesofágico pode induzir a atividade muscular mastigatória rítmica durante o sono e a atividade do músculo masséter durante a vigília. 3

De facto, vários autores têm sugerido a apneia obstrutiva do sono como o principal factor de risco para bruxismo. Para além disso, nos adultos, o tratamento da apneia do sono com CPAP tem demonstrado a melhoria do bruxismo. 4,5

Nas crianças, a hipertrofia das amígdalas palatinas e adenóides é a principal causa de apneia obstrutiva do sono 6, pelo que têm sido realizados vários estudos comparando a prevalência do bruxismo antes e após a cirurgia de remoção das amígdalas e adenóides.

Existem várias teorias sobre a possível fisiopatologia desta associação: as crianças com apneia apresentam frequentes microdespertares nocturnos, estando associados a um aumento da actividade parafuncional, incluindo a actividade mastigatória, com activação dos músculos da mastigação, que por sua vez desencadeia bruxismo. 7 Por outro lado, as crianças com obstrução da via aérea, colocam a mandíbula numa posição mais anterior para melhorar a patência da via aérea, o que estimula receptores, aumentando o tónus das vias aéreas superiores. 8 Também a respiração oral pode interferir com o ciclo do sono e afectar a oxigenação cerebral, provocando contrações involuntárias dos músculos da face. 8

O objectivo deste trabalho é identificar a prevalência de bruxismo em crianças com distúrbios respiratórios do sono de causa obstrutiva (DRSO) e avaliar o impacto da adenoamigdalectomia na melhoria ou resolução do mesmo.

Material e Métodos

Realizou-se um estudo retrospectivo avaliando a existência e evolução de bruxismo em crianças com idades entre os 2 e 12 anos, que realizaram adenoamigdalectomia por DRSO entre Janeiro e Novembro de 2021, no Hospital Beatriz Ângelo.

Foi aplicado um questionário por telefone, representado na Figura 1, com perguntas de resposta fechada, respondido pelo responsável da criança, num período que variou de 3 a 12 meses após a cirurgia.

Os critérios de inclusão foram crianças com idades entre os 2 e 12 anos, com diagnóstico clínico de Distúrbio Respiratório Obstrutivo do Sono (roncopatia, respiração oral, pausas na respiração, défice de atenção, sonolência diurna, hiperactivade), com grau de hipertrofia amigdalina grau III ou IV, de acordo com a Classificação de Brodsky.

Foram excluídas do estudo crianças com antecedentes pessoais ou familiares de fenda do palato ou outros síndromes craniofaciais, com tratamento ortodôntico actual ou prévio e ainda crianças com cuidadores sem conhecimento sobre a existência ou não de bruxismo.

Figura 1 Questionário realizado 

Resultados

Entre Janeiro e Novembro de 2021, 54 crianças realizaram adenoamigdalectomia por distúrbio respiratório do sono, com uma idade média de 6,7 ± 2,6 anos.

A Tabela 1 mostra a distribuição das crianças com bruxismo por género, idade e grau de hipertrofia amigdalina, de acordo com a Classificação de Brodsky, prévia à cirurgia.

Tabela 1 Caracterização da amostra pré cirurgia 

Bruxismo (n) Sem bruxismo (n)
Género
Feminino 11 18
Masculino 11 14
Idade (anos)
2-5 9 14
6-9 11 11
10-12 2 7
Hipertrofia amigdalina
Grau III 18 26
Grau IV 4 6

Das 54 crianças, 22 (41%) apresentavam evidência de bruxismo no questionário. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a prevalência de bruxismo e o género (Teste do Qui-Quadrado de Pearson; P-value=0,65), idade (Teste Mann Whitney; P-value=0,34) ou grau de hipertrofia amigdalina (Teste One Way ANOVA; P-value=0,08).

Das 22 crianças com bruxismo antes da cirurgia, 17 (77%) melhoraram após a cirurgia, sendo que apenas 5 (23%) mantiveram as queixas (Figura 2).

Figura 2 Bruxismo após cirurgia 

A prevalência de bruxismo pré cirurgia era de 40,7%, tendo reduzido para 9,3% após a adenoamigdalectomia (Figura 3), havendo uma diferença estatisticamente significativa entre a prevalência de bruxismo pré e pós cirurgia (Teste do Qui-Quadrado de Pearson, P value= 0.0015).

Figura 3 Prevalência de bruxismo antes e após a cirurgia 

Discussão

Uma das principais causas de DRSO é a hipertrofia adenoamigdalina, sendo a adenoamigdalectomia o principal tratamento; 6 de facto, vários estudos têm sugerido a associação entre a adenoamigdalectomia e a melhoria do bruxismo.

Neste trabalho foi avaliada a prevalência de bruxismo em crianças com DRSO e o impacto da adenoamigdalectomia na sua melhoria ou resolução, tendo-se verificado uma redução da prevalência de 40,7% para 9,3% com a cirurgia.

Este trabalho apresenta como principais limitações tratar-se de um estudo retrospectivo, uma amostra reduzida, ausência de análise multivariada e o diagnóstico de bruxismo ser realizado apenas clinicamente, sem monotorização electrofisiológica.

Os nossos resultados estão de acordo com os de outros estudos realizados (Tabela 2).

DiFrancesco et al.9, (2004) realizou um estudo prospectivo onde foram avaliados 69 doentes com hipertrofia adenoamigdalina e SAOS, dos 2 aos 12 anos. Antes da cirurgia 45,6% das crianças com SAOS apresentavam bruxismo, sendo que após a cirurgia apenas 11,8% das crianças mantiveram. 5

Também Ali Eftekharian et al. (2007) realizou um estudo prospectivo onde foram avaliadas 140 crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos com sintomas associados a hipertrofia adenoamigdalina. As crianças foram avaliadas através de um questionário antes e 2 meses após a remoção adenoamigdalina, sendo que 25,7% apresentava bruxismo pré cirurgia e apenas 7,1% apresentava bruxismo após a cirurgia. 4

Oh et al. (2021) identificou características craniofaciais estruturais e funcionais associadas a maior prevalência de bruxismo. Para tal realizou um estudo com 96 crianças, com idades entre os 6 e 12 anos e investigou a associação de bruxismo com hipertrofia amigdalina, respiração oral e limitação da mobilidade da língua quer isoladamente quer os 3 factores de risco associados. Das 25 crianças com hipertrofia amigdalina, 56% apresentou bruxismo; das 30 crianças com obstrução nasal com respiração oral, 50% tinha bruxismo. 8

Valera et al. (2003) identificou alterações musculares, funcionais e dentoesqueléticas em crianças com idade entre os 3 e 6 anos com hipertrofia adenoamigdalina. Segundo este estudo, a prevalência de bruxismo no grupo de crianças com hipertrofia adenoamigdalina foi 43,2%, enquanto que no grupo de controlo foi 0%.10

Gregório et al. (2008) num estudo poligráfico do sono realizado a 38 crianças com diagnósticos de SAOS, observou a presença de bruxismo em 34,3% dos casos. 11

Outro estudo de Grechi et al (2008), avaliou 60 crianças dos 2 aos 13 anos com obstrução nasal, verificando que 65,2% destas crianças apresentavam bruxismo. 12

Ferreira et al. (2014) verificou que entre várias crianças com bruxismo, 11,03% também apresentava SAOS. 13

Assim, são vários os estudos publicados que identificaram uma associação positiva entre os DRSO e a presença de bruxismo do sono, verificando-se uma prevalência de bruxismo em crianças com hipertrofia adenoamigdalina entre 26 e 56%, sendo de 41% no nosso estudo (Tabela 2).

Apesar de não se pretender propor adenoamigdalectomia apenas para melhorar as queixas de bruxismo, é importante conhecer o efeito da cirurgia, não só nos DRSO mas também no bruxismo. De facto, segundo os estudos que compararam a prevalência antes e após a cirurgia houve uma melhoria do bruxismo em 72 a 77% das crianças que apresentavam queixas antes da cirurgia4,5, tendo havido, no nosso estudo, uma melhoria em 77% das crianças.

Assim, o nosso estudo vem reforçar e alertar para a associação entre DRSO e bruxismo, que poderá ser um dado a considerar em casos de dúvida na decisão terapêutica cirúrgica destas crianças.

Tabela 2 Prevalência de bruxismo segundo vários estudos 

N Autor Ano % Bruxismo em crianças com hipertrofia adenoamigdalina/SAOS % Bruxismo após adenoamigdalectomia
1 Valera et al. 10 2003 43,2% -
2 DiFrancesco et al. 5 2004 45,6% 11,8 %
3 Ali Efterkharian et al. 4 2007 25,7% 7,1 %
4 Gregório et al. 11 2008 34,3% -
5 Oh et al. 8 2020 56% -
6 F. Morgado et al. 2022 40,7% 9,3%

Conclusão

Os autores concluíram existir uma diminuição significativa do bruxismo após a cirurgia, uma vez que das 23 crianças que apresentavam bruxismo, 17 (77%) deixaram de apresentar esse comportamento após a remoção das amígdalas e adenóides.

O conhecimento desta associação permite que os pediatras e médicos dentistas referenciem crianças para a especialidade de Otorrinolaringologia (ORL) para investigação de DRSO em casos de bruxismo e ao mesmo tempo alertar os Otorrinolaringologistas para investigar queixas de bruxismo em crianças com DRSO.

Assim, a consulta de ORL em conjunto com a consulta de Ortodontia é importante para avaliação e decisão terapêutica em casos de bruxismo na idade pediátrica.

Conflito de Interesses

Os autores declaram que não têm qualquer conflito de interesse relativo a este artigo.

Confidencialidade dos dados

Os autores declaram que seguiram os protocolos do seu trabalho na publicação dos dados de pacientes.

Proteção de pessoas e animais

Os autores declaram que os procedimentos seguidos estão de acordo com os regulamentos estabelecidos pelos diretores da Comissão para Investigação Clínica e Ética e de acordo com a Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial.

Política de privacidade, consentimento informado e Autorização do Comité de Ética

Os autores declaram que têm o consentimento por escrito para o uso de fotografias dos pacientes neste artigo.

Financiamento

Este trabalho não recebeu qualquer contribuição, financiamento ou bolsa de estudos.

Disponibilidade dos Dados científicos

Não existem conjuntos de dados disponíveis publicamente relacionados com este trabalho.

Referências bibliográficas

1. Lobbezoo F, Ahlberg J, Raphael KG, Wetselaar P, Glaros AG, Kato T, et al. International consensus on the assessment of bruxism: Report of a work in progress. J Oral Rehabil. 2018 45(11):837-844. DOI: https://doi.org/10.1111/joor.12663. [ Links ]

2. Khoury S, Rouleau GA, Rompré PH, Mayer P, Montplaisir JY, Lavigne GJ. A significant increase in breathing amplitude precedes sleep bruxism. Chest. 2008 134(2):332-337. DOI: https://doi.org/10.1378/chest.08-0115. [ Links ]

3. Ohmure H, Oikawa K, Kanematsu K, Saito Y, Yamamoto T, Nagahama H. et. al. Influence of experimental esophageal acidification on sleep bruxism: a randomized trial. J Dent Res. 2011;90(5):665-71. DOI: https://doi.org/10.1177/0022034510393516. [ Links ]

4. Eftekharian A, Raad N, Gholami-Ghasri N. Bruxism and adenotonsillectomy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72(4):509-11. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2008.01.006. [ Links ]

5. DiFrancesco RC, Junqueira PA, Trezza PM, de Faria ME, Frizzarini R, Zerati FE. Improvement of bruxism after T & A surgery. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2004;68(4):441-5. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2003.11.022. [ Links ]

6. Greenfeld M, Tauman R, DeRowe A, Sivan Y. Obstructive sleep apnea syndrome due to adenotonsillar hypertrophy in infants. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67(10):1055-60. DOI: https://doi.org/10.1016/s0165-5876(03)00182-4. [ Links ]

7. Phillips BA, Okeson J, Paesani D, Gilmore R. Effect of sleep position on sleep apnea and parafunctional activity. Chest. 1986;90(3):424-9. DOI: https://doi.org/10.1378/chest.90.3.424. [ Links ]

8. Oh JS, Zaghi S, Ghodousi N, Peterson C, Silva D, Lavigne GJ, Yoon AJ. Determinants of probable sleep bruxism in a pediatric mixed dentition population: a multivariate analysis of mouth vs. nasal breathing, tongue mobility, and tonsil size. Sleep Med. 2021;77:7-13. DOI: https://doi.org/10.1016/j.sleep.2020.11.007. [ Links ]

9. DiFrancesco RC, Junqueira PA, Trezza PM, de Faria ME, Frizzarini R, Zerati FE. Improvement of bruxism after T & A surgery. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2004;68(4):441-5. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2003.11.022. [ Links ]

10. Valera FCP, Travitzki LVV, Mattar SEM, Matsumoto MAN, Elias AM, Anselmo-Lima WT. Muscular, functional and orthodontic changes in pre school children with enlarged adenoids and tonsils. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67(7):761-70. DOI: https://doi.org/10.1016/s0165-5876(03)00095-8. [ Links ]

11. Gregório PB, Athanazio RA, Bitencourt AG, Neves FB, Terse R, Hora F. Symptoms of obstructive sleep apnea-hypopnea syndrome in children. J Bras Pneumol. 2008;34(6):356-61. DOI: https://doi.org/10.1590/s1806-37132008000600004. [ Links ]

12. Grechi TH, Trawitzki LV, de Felício CM, Valera FC, Alnselmo-Lima WT. Bruxism in children with nasal obstruction. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72(3):391-6. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2007.11.014. [ Links ]

13. Ferreira NM, Dos Santos JF, dos Santos MB, Marchini L. Sleep bruxism associated with obstructive sleep apnea syndrome in children. Cranio. 2015;33(4):251-5. DOI: https://doi.org/10.1080/08869634.2015.1097299. [ Links ]

Recebido: 05 de Maio de 2022; Aceito: 03 de Dezembro de 2022

Correspondência: Filipa Morgado: filiparuasmorgado@gmail.com

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons