1. Introdução
A oferta de cursos com vistas à formação no Mestrado Profissional (MP) tem ênfase em princípios como o de aplicabilidade técnica e flexibilidade operacional. A formação deve visar à exposição dos alunos aos processos da utilização aplicada dos conhecimentos e o exercício de inovação, com a valorização da experiência profissional. As comparações entre mestrado profissional e o mestrado acadêmico parecem inevitáveis. Neste sentido, reforça a hipótese de que a especificidade dessa modalidade de formação estará menos nos produtos científicos do que nas formas de articulação que ela pode favorecer entre as instituições de ensino e pesquisa e os serviços de saúde.
Vale ressaltar que a criação de um novo formato educacional traz consigo muitas indagações e poucas certezas. Mesmo nos formatos estabelecidos há décadas é normal que discussões acaloradas sejam iniciadas (Vasconcelos & Vasconcelos, 2010, p. 361). Assim acontece com os MP, por representar um novo formato, ao mesmo tempo em que traz discussões sobre o modelo estabelecido. Um dos debates é em torno da pesquisa básica e da pesquisa aplicada, próprio do paradigma dominante da política científica e tecnológica e das formas de enxergar os papéis dos diferentes atores envolvidos, ou seja, o governo, os pesquisadores e os meios de comunicação (Stokes, 2005, p. 26). Observou Schwartzman (2002, p. 374) que são os moldes institucionais e organizacionais que fazem a distinção entre o básico e o aplicado, muito mais do que o conteúdo ou a natureza real das pesquisas.
Os países da União Europeia, que adotaram as reformas propostas pela resolução “Declaração de Bolonha”, de 1999, iniciaram reformas em seus sistemas educacionais superiores para se adequarem a essa resolução. No que se refere à pós-graduação, de acordo com Tauch and Hauhvargers (2002), ainda há muita heterogeneidade entre os perfis de mestrado acadêmico e profissional. Em Aveiro, Portugal, a Escola Superior de Saúde (ESSUA-UA) oferece um programa de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar (MESF) pautado em utilizar metodologias, técnicas e instrumentos de forma à resolução de problemas ao nível das unidades de saúde, sobretudo nos Cuidados de Saúde Primários, numa perspetiva crítica relevante para a liderança e gestão dos cuidados de saúde à Família. Apesar das mudanças não há ainda respostas muito claras sobre quais áreas do conhecimento podem efetivamente contribuir para realizar inovações necessárias à sociedade a partir da formação de “mestres profissionais”.
Nesse contexto, o MESF da ESSUA-UA apresenta objetivos de aprendizagem que atendem ao princípio da aplicabilidade na prática clínica com os referenciais teóricos de Enfermagem de Saúde Familiar. Além de outros objetivos que buscam numa perspectiva crítica, relevante para a liderança e gestão, exercer uma prática profissional especializada na área (Escola Superior de Saúde [ESSUA], 2020).
Um estudo realizado no Brasil por Guilam et al. (2020) revela que os cursos de MP em saúde contribuem para o fortalecimento da Atenção Básica, articulando ensino e pesquisa com a prática profissional dos egressos no Sistema Único de Saúde - SUS. Assim, essa formação profissional promove o conhecimento e a transformação da realidade em saúde por meio da cooperação acadêmica com o serviço. Partindo dessa perspectiva, esse estudo foi realizado com egressas do Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar, da Universidade de Aveiro, Portugal. Esse curso com foco profissional, propõe aos alunos implementar projetos de intervenção nos serviços ou instituições em que trabalham, com vista à resolução do problema identificado na pesquisa ou sobre aspectos teóricos que levem ao desenvolvimento do conhecimento em Enfermagem. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a contribuição do curso na prática profissional das enfermeiras nos serviços de saúde de atenção básica e hospitalar. Essa pesquisa é um produto do estágio de pós-doutorado da primeira autora sob supervisão de docentes da Universidade de Aveiro em Portugal. E tem como perspectiva, dando continuidade ao estudo, realizar essa pesquisa com outros egressos de Programas de Pós-graduação, modalidade mestrado profissional de Instituições de Ensino Superior do Brasil e de Portugal.
2. Metodologia
Foi realizado um estudo descritivo, exploratório, com abordagem prioritariamente qualitativa. Foi feito um questionário para apenas caracterização do perfil das participantes (Bryman, 2012).
Na abordagem qualitativa o pesquisador aprofunda-se no fenômeno de interesse (ações individuais ou de grupos no contexto social em que vivem) interpretando-o na perspectiva do discurso do respondente. Ademais, trabalha com valores, crenças, opiniões e representações (Minayo & Sanches, 1993; Minayo et al., 2005).
Participaram da pesquisa 10 egressas do MESF da ESSUA-UA definido como objeto do presente estudo. De acordo com os critérios de elegibilidade participaram as egressas que concluíram o curso em 2016 e que concordaram em participar da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada no período de maio e junho de 2017 com os questionários e seguida de entrevistas semiestruturadas. As participantes foram contactadas via telefone pela Diretora do Curso de MESF e foi feito agendamento prévio para a pesquisadora se deslocar a cada local para a coleta de dados. Neste momento e antes de qualquer coleta, todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE, conforme preconiza resolução do CNS 466/2012 (Brasil, 2013). Para assegurar o anonimato das participantes da pesquisa, elas foram identificadas pela letra “E” seguida de um número.
A entrevista semiestruturada seguiu um roteiro com tópicos gerais que foi abordado com todas as entrevistadas com a seguinte questão norteadora: “Se ocorreu algum efeito concreto do produto do Mestrado no local de trabalho? (Alves & Silva, 1992). E o questionário foi adaptado do modelo utilizado por Mamede (2016) que é composto por questões sobre as características sociodemográficas.
Os dados qualitativos oriundos das entrevistas que teve duração média de 30 a 40 minutos foram submetidos ao método de Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (2011), com auxílio do software WebQDA (Souza et al., 2011), por meio da análise categorial, uma vez que se apresenta como a técnica mais pertinente aos propósitos da análise qualitativa (Bardin, 2011). A análise de conteúdo das narrativas foi realizada em três etapas, sendo a primeira, a pré-análise que consistiu na enumeração, leitura prévia das entrevistas e a digitação das respostas no webQDA. A segunda etapa, ou fase de exploração, compreendeu uma segunda leitura do material e o agrupamento do texto em categorias e subcategorias. Foram criadas 3 categorias nessa segunda etapa: I) Contribuições do Mestrado aos Serviços de Saúde; II) Incompreensões sobre o Mestrado Profissional; III) Mestrado como Espaço de Conhecimento. Dessas categorias de análise, emergiram 18 subcategorias (Figura 1). A terceira etapa da análise do conteúdo desenvolveu o tratamento e a interpretação dos dados, que permitiu a realização de inferências a partir da leitura das entrevistas de forma comparativa (Bardin, 2011; Castro & Sarrieira, 2011; Marconi & Lakatos, 2003).
Essa pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFG, com o parecer de número: 1.292.381 e foi realizada em Aveiro, Portugal como parte do estágio pós-doutoral da primeira autora.
3. Resultados
3.1 Caracterização das Participantes
Nessa primeira etapa foi realizada a caracterização das dez enfermeiras egressas. As participantes encontram-se na faixa etária média de 32 anos, sendo parte delas casadas com filhos. Informaram ainda que, apesar de residirem nas proximidades do local de trabalho, fazem percursos cansativos, haja vista duas morarem em cidades diferentes do local onde exercem a sua atividade profissional. O tempo de serviço na carreira de enfermagem variou de cinco a 15 anos.
Sete das participantes possuíam vínculos públicos com contrato sem termo efetivo e três eram contratadas via Entidade Pública Empresarial (EPE). A carga horária de trabalho na semana era em média 40 horas e eram atuantes nas áreas prioritárias de unidades de saúde familiar (USF) e hospitalar em Portugal.
As egressas exerceram suas atividades profissionais durante o curso de mestrado e tinham uma carga horária de 12h semanais no curso (sexta-feira durante à tarde e sábado todo o dia). Ressaltaram que durante o curso foram dispensadas de parte da carga horária somente no dia de avaliação com o respaldo da Lei do Estatuto do Trabalhador e Estudante. Quanto à função, sete são Enfermeiras em Unidades de Saúde da Familiar e três exercem funções em serviço hospitalar. Quanto ao vínculo empregatício, sete egressas possuem vínculo público e três público-privado via EPE, sendo nove delas com contrato sem termo efetivo.
3.2 Aplicabilidade dos produtos do Mestrado Profissional na perspectiva das egressas
Os pontos principais que retratam os efeitos do mestrado na atuação profissional e pessoal das entrevistadas foram na melhoria na habilidade para resolver problemas e propor soluções no local de trabalho e na aprendizagem das técnicas, conceitos e teorias apresentadas no curso. Uma característica ausente para nove das entrevistadas foi a que se referia a atribuição institucional de novas responsabilidades no local de trabalho, como resultado da pós-graduação. Quanto às características que se referiam a atuação pessoal, foram marcantes a melhoria da autoestima e a motivação e desejo de aplicar no serviço conhecimentos e habilidades aprendidas no curso.
As entrevistas contribuíram para aprofundar nas percepções das participantes quanto às suas trajetórias no mestrado e o quanto essa qualificação e o produto da pesquisa significou ou não em sua vida pessoal e profissional.
Portanto, a partir da análise das narrativas sobre a questão de pesquisa; “Ocorreu algum efeito concreto do produto do Mestrado no local de trabalho?”; emergiram três categorias: I) Contribuições do Mestrado aos Serviços de Saúde; II) Incompreensões do MP e; III) Mestrado como espaço de conhecimento (Figura 1).
3.2.1 Contribuições do Mestrado aos Serviços de Saúde
Nesta categoria observamos que as egressas consideraram que as pesquisas realizadas no mestrado possuíam aplicabilidade nos serviços em que estavam inseridas ou nas instituições de saúde em geral. Algumas lamentaram o fato do trabalho realizado não ter sido utilizado no serviço em que estavam inseridas, se sentindo frustradas, mesmo a pesquisa tendo aplicabilidade nacional. O tema de suas dissertações baseados em necessidades e áreas prioritárias do serviço em que estavam inseridas foi um ponto marcante nos relatos, tal como narra uma das entrevistadas:
“...o tema do meu mestrado foi escolhido por mim e apresentado a candidatura. Depois a orientadora apoiou-me no desenvolvimento dentro da linha de investigação da universidade. Não tive dificuldades no estágio, pois a recolha dos dados da investigação foi feita no local de trabalho”. E6
Nas falas das entrevistadas foi salientado à qualificação: aumento da capacidade de expor ideias e receber críticas; autoestima; pró-atividade; habilidades profissionais e interpessoais; aprendizagem; produção intelectual; aprimoramento e utilização dos conhecimentos, métodos científicos, métodos sistemáticos e organizados na construção de processos, estratégias e soluções no serviço.
“O mestrado ampliou a minha visão e o olhar para cuidar não só do utente, mas de toda a família e do contexto social”. E6
“Já estava a atuar com intervenção comunitária na saúde familiar no centro de saúde, depois do mestrado propus aos colegas trabalhar em conjunto como uma equipa para ajudar no apoio e participação nos cuidados primários”. E3
3.2.2 Incompreensões sobre o Mestrado Profissional
Durante as entrevistas foi possível identificar a incompreensão dos gestores dos órgãos empregadores na falta de apoio na realização do mestrado. No quesito aprimoramento profissional, a maioria das egressas considerou que houve, mas, muitas vezes, com a ressalva de que o serviço nem sempre oferece condições para aplicar todo o conhecimento adquirido.
Outro fator limitante relatado pelas egressas foi a falta de tempo para se dedicarem às atividades do mestrado e à pesquisa. O aumento da sobrecarga de trabalho foi mencionado como um fator estressante para a realização do mestrado.
“Não tive incentivo, nem por parte do coordenador do serviço, nem por parte dos colegas. Não tive redução da carga horária, tão pouco das atividades e apoio para frequentar o mestrado. Foi muito pesado frequentar o mestrado sem redução de carga horária no trabalho”. E7
Igualmente nos aspectos a que elas se referem a utilização e motivação para utilizar a pesquisa e o conhecimento no local de trabalho, sugerindo talvez que o curso ainda precisa aprimorar a relação serviço-academia.
“Embora eu tenha desenvolvido um tema de relevância para o serviço de saúde e para o local de trabalho, ainda não tive tempo de aplicar os resultados do mestrado, mesmo porque não tenho tempo no serviço devido a muitas atribuições de preenchimento de relatórios no sistema SClinico”. E4
3.2.3 Mestrado como Espaço de Conhecimento
Nessa categoria (figura 1) foi evidente que as egressas tinham como motivação para realização do mestrado a possibilidade de trabalhar a pesquisa e os conhecimentos adquiridos no serviço, melhorar o serviço que estavam inseridas, aprimoramento para docência e na medida do possível dar um retorno social para a comunidade.
“Em um futuro, quero aplicar os resultados da minha pesquisa de mestrado no meu trabalho, pois tem relevância para o serviço de saúde pela importância do tema”. E4
Interessante observar a motivação para a realização de um doutorado com orientação profissional, como um desejo de continuar adquirindo conhecimentos, realizar pesquisas com enfoque na prática profissional. Relataram também que pretendem trabalhar os conhecimentos adquiridos e a experiência na prática profissional na docência.
“Tenho vontade de fazer o doutoramento, principalmente na área de Gerontologia. Pois daria continuidade ao tema desenvolvido no mestrado que foi com cuidadores informais de idosos”. E3
“Penso em uma carreira como docente, acho que me sentiria realizada, mas no momento não é foco, por todo trabalho que necessita e não sei se compensa investir tanto tempo de vida” E4
Foi possível identificar o mestrado como um espaço de conhecimento, não apenas de aquisição de conhecimentos, mas de um conhecimento que possui capacidade de realizar transformações nos espaços de trabalho.
“O mestrado forneceu ferramentas de avaliação para utilizar no meu trabalho e foi uma base para a minha atuação profissional. O tema abordado no mestrado ajudou-me a compreender melhor o contexto atual e os determinantes sociais. Forneceu-me ferramentas para atuação na Unidade de saúde familiar como enfermeira da família”. E3
4. Discussão
Os resultados da pesquisa revelaram que as enfermeiras egressas, no geral, consideraram que o mestrado teve aplicabilidade nos serviços de saúde e na comunidade. Neste contexto, são profissionais formadores e indutores de processos de mudança e adoção de novos conceitos e práticas no campo da saúde. Reforçaram, portanto, que o Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar contribuiu de forma significante para a sua performance sendo possível identificar a aplicabilidade dos produtos do Mestrado nos serviços de Saúde corroborando os resultados encontrados nos estudos de Munari et al., (2014); Tavares and Leite (2014); Hortale et al., (2010); Freitas et al., (2006) e Saupe and Wendhausen (2005).
O conhecimento proporcionado pelo MP é diferenciado pela aplicação na área de atuação e ambiente produtivo, sendo possível a construção do conhecimento ligado à prática para a formação de recursos humanos qualificados para os serviços de saúde (Hortale et al., 2010; Mamede, 2015; Santos and Hortale, 2014). O Mestrado como Espaço de Conhecimento cumpre o objetivo de toda pós-graduação, sendo que o diferencial do MP seria um conhecimento aplicado na prática profissional. Os artigos de Hortale et al. (2010) e Santos and Hortale (2014) destacam a aquisição de conhecimento adquirido no MP, incluindo a qualificação profissional e a ampliação de fontes de informação sobre a área de atuação.
O MP foi criado para atender as demandas sociais, mantendo o foco científico da formação na capacitação de profissionais que serão produtores de conhecimento, tanto na prática clínica quanto no meio acadêmico (Mamede, 2015, 2016).
No estudo de Silva et al. (2020), em que as dissertações dos egressos de um MP em Saúde Coletiva no Brasil foram analisadas, foi demonstrado a aplicação dos estudos realizados nos serviços de saúde em que os egressos estavam inseridos, demonstrando também a importância da interação ensino-serviço-comunidade. Para Paixão et al. (2014) a interação da universidade com o ambiente produtivo deve ser inerente ao MP em saúde, de forma que, para além de uma necessidade de qualificação do profissional, urge uma efetiva integração entre a universidade e a sociedade, bem como uma valorização da interdisciplinaridade e de projetos que sejam capazes de transformar a realidade e o processo de trabalho. (Saupe & Wendhausen, 2005)
A aplicabilidade dos resultados do MP depende também do interesse e apoio institucional, conforme destacado pelas egressas neste estudo e na pesquisa de Oliveira et al. (2017). No estudo de Tavares and Leite (2014) foi destacado que a aplicação dos resultados do MP estava relacionada ao apoio institucional e nesse sentido a parceria entre a universidade e o serviço de origem dessas enfermeiras foi mencionada de forma positiva. Como observado nos resultados, os egressos relataram ter apoio para cursar o mestrado, outros queixaram da falta de apoio e incentivo dos coordenadores/gestores das unidades de origem de trabalho nas pesquisas realizadas por eles.
A liberação da carga horária para participação do mestrado foi identificada como um problema também no estudo de Mamede (2016) realizado com um mestrado profissional em Saúde Coletiva no Brasil. Neste estudo, foi apontado a falta de apoio para realização da pesquisa e a não liberação de carga horária para participar das atividades do mestrado. Este foi um fator estressante e de dificuldade para os egressos, sendo obrigados muitas vezes a mudar de local de trabalho.
5. Conclusão
Esse trabalho analisou questões importantes para o mestrado profissional, a partir das perspectivas das egressas inseridas no mercado de trabalho, conseguindo identificar as alterações ocorridas em decorrência do mestrado realizado. No entanto, é importante a realização de novos estudos analisando a perspectiva de docentes e gestores dos serviços de saúde locais e nacionais envolvidos no processo, a fim de um maior aprofundamento sobre o tema. Esse aspecto ainda não analisado poderia ser uma limitação do nosso estudo.
De acordo com a perspectiva das egressas, a realização do Mestrado Profissional gerou a produção de conhecimento científico, o desenvolvimento de competências, o aprimoramento profissional e o melhor desempenho nos serviços de saúde. Ainda de acordo com elas, os produtos dos seus mestrados foram considerados aplicáveis na prática dos serviços de saúde locais e nacionais. Efetivamente, para as egressas, suas pesquisas levariam à resolução dos problemas investigados e aumentaria a eficácia dos serviços de saúde se seus trabalhos desenvolvidos no Mestrado Profissional fossem imediatamente incorporados.
Além disso, as participantes da pesquisa apontaram que a valorização do Mestrado Profissional, como estratégia de formação de pós-graduação, será maior à medida em que haja maior integração entre ensino-serviço-comunidade. Isto é, o reconhecimento será maior se o fluxo de colaboração e troca entre essas três esferas for de retroalimentação, de forma que os profissionais tragam os problemas identificados nas comunidades e serviços para serem investigados na universidade e retornem para as comunidades e serviços com as soluções identificadas na pesquisa realizada.