1. Introdução
Ao longo da história, a criança pequena vem ganhando espaço no contexto educacional e com isso levando inúmeros profissionais da educação e estudiosos a se perguntarem sobre quais são as reais necessidades da primeira infância e qual o papel da escola frente a elas?
Inúmeros são os fatores que englobam esta questão, porém, entre eles, a necessidade de pensar sobre como o sujeito aprende e quais aspectos fazem parte desse processo ganham destaque. Posto isto, este estudo fundamenta-se na teoria explicada pelo importante epistemólogo do século XX, Jean Piaget (1896 - 1980). Para o pensador, o conhecimento é adquirido através de estruturas orgânicas, as quais não aparecem como um mecanismo pronto e acabado em determinada fase da vida, nem tão pouco pré-formadas ou inatas, mas sim o produto de uma construção gradual, que supõe a existência de períodos com determinadas características essenciais.
Com relação à primeira infância, Piaget e Inhelder (1988) destacam que o período de 0 a 2 anos de idade, do nascimento da inteligência, nomeado por ele de sensório-motor, período de inteligência puramente prática, constitui a base de toda atividade psíquica construtiva, afirmando que “os conhecimentos adquiridos posteriormente estão, se não pré-formados nele, amplamente condicionados pelas operações psíquicas da primeira fase da vida” (p.31). Partilhando desta ideia, o documentário O começo da vida (Renner, 2016, 1:03) aponta que “os primeiros anos são como construir a estrutura de uma casa. É a estrutura sobre a qual todo o resto se desenvolverá”.
A esse respeito Mantovani de Assis e Mantoan (2010) asseguram que o meio desempenha um papel fundamental, oferecendo a matéria-prima para que a construção da inteligência chegue a um bom termo. Ou seja, o bebê que nasceu com todas as funções biológicas necessárias para vir a ser inteligente só conseguirá chegar às fases finais desse processo evolutivo dependendo das solicitações que o meio físico e social lhe possibilitar. Deste modo, torna finalidade da escola oferecer oportunidade para que o aluno possa construir seu conhecimento através da experiência.
Considerando que atualmente no Brasil grande parte das crianças de 0 a 3 anos de idade são atendidas em nível de creche, estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico e cuidados a crianças dessa faixa etária, julgamos necessário conhecer o trabalho realizado pelos profissionais de educação responsáveis, bem como os aspectos e concepções que podem vir a influenciar esse atendimento. Assim sendo, para responder ao nosso problema desenvolvemos uma pesquisa-ação, através da qual buscamos inicialmente conhecer este contexto sob a perspectiva de quem o compõe, no caso, auxiliares de educação (Etapa exploratória). Posteriormente, com base nos dados coletados partimos para oferta de uma formação profissional às participantes da pesquisa (Etapa de ação) e, por fim, avaliamos as mudanças relativas ao seu processo de formação, considerando suas novas e permanentes concepções, tal como as atuais práticas exercidas contexto educacional em questão (Etapa de avaliação).
Ressaltamos que este artigo discorre sobre a etapa exploratória da investigação acima mencionada, cujo objetivo geral visou investigar o impacto da formação dos profissionais de educação que trabalham com crianças de 0 a 2 anos de idade para o contexto educacional em que atuam. Para esta etapa específica objetivou-se conhecer a visão do educador da primeira infância frente à importância do seu próprio trabalho.
2. Referencial Teórico
Renomados estudiosos como Freud (1856-1939), Melaine Klein (1882-1960), Pikler (1902-1984), Winnicott (1896-1971), ao longo do tempo e de acordo com suas concepções apontam para a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do sujeito (Ribeiro, 2020). Porém, como questionam Mantovani de Assis e Mantoan (2010, p.23) “de que recursos dispõe esse pequenino ser para resolver tantos problemas?”.
Inúmeras concepções norteiam o ato de conhecer. Porém, considerando as teorias que retratam a complexidade desse processo e as viviências das pesquisadoras enquanto professoras de Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental I, a teoria proposta por Jean Piaget e seus colaboradores apresenta-se notada e, como comprovada por inúmeros pesquisadores, irrefutável, contribuindo para mais este estudo.
Segundo Piaget, o conhecimento procede de interações que se produzem entre o sujeito e o objeto, ou seja, o “estímulo” procedente do meio externo só sensibiliza e desencadeia uma resposta quando seus esquemas de ação podem interpretá-lo ou assimilá-lo (Mantovani de Assis & Assis, 2003).
Piaget e Inhelder (1975, p.176) explicam o desenvolvimento como “um processo que diz respeito à totalidade das estruturas do conhecimento”. Assim sendo, como aponta Ramozzi-Chiarottino (1988) é importante ressaltar que, de acordo com Piaget, existem três tipos de estruturas: as programadas (que nos capacitam a prever determinados comportamentos), as parcialmente programadas (cujo desenvolvimento e construção dependem em grande parte do meio) e as nada programadas (estruturas mentais, específicas para o ato de conhecer).
Para o epistemólogo Jean Piaget, a espécie humana traz possibillidades genéticas com relação às estruturas mentais, porém essas não são programadas, ou seja, podem ou não se atualizar de acordo com a solicitação do meio. Assim dizendo, para que ocorra a construção do conhecimento é necessário que sucedam trocas do organismo com o meio. Como explica Ramozzi-Chiarottino (1988, p.6) “essas trocas são responsáveis pela construção da própria capacidade de conhecer; sem elas, essa capacidade não se constrói”.
Assim, dado a relevância deste período da vida e a importância da solicitação do meio para o pleno desenvolvimento do sujeito adentramos o contexto educacional de 0 a 2 anos de idade, o qual, no Brasil, como explica Kuhlmann Jr (1998) é resultado da articulação de interesses em torno de três influências básicas: a médico-higienista, o jurídico-policial e a religiosa.
De acordo com Coutinho (2002, p.9) “as amarras históricas que vinculam o cuidado ao atendimento assistencial, e este, por sua vez, à educação da primeira infância condicionam as posturas educativas dos profissionais ao dimensionar o cuidado como menos importante ou talvez até desconsiderá-lo”. Tadavia, como garante Bujes (2001, p.17) “a educação infantil envolve simultaneamente cuidar e educar, vamos perceber que esta forma de concebê-la vai ter consequências profundas na organização das experiências que ocorrem nas creches e pré-escolas”.
3. Metodologia
Este artigo apresenta uma das etapas da pesquisa de mestrado intitulada: O contexto educacional e o desenvolvimento da inteligência da criança no período sensório-motor, realizada na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, no período de 2018 a 2020. Tal investigação foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição proponente.
3.1 Natureza do Estudo
Para responder ao problema desta pesquisa, a abordagem investigativa utilizada foi a qualitativa. Metodologia aplicada a fim de compreender e aprofundar o tema a partir da perspectiva dos participantes, aprofundando suas experiências, pontos de vista, opiniões e significados, possibilitando assim a construção de novas questões e conceitos a partir do próprio estudo (Sampieri, Collado & Lucio, 2013).
Caracterizada como pesquisa-ação, tipologia da metodologia qualitativa, esse desenho de pesquisa segundo Tripp (2005, p. 447) visa sobre “uma forma de investigação-ação que utiliza técnicas de pesquisa consagradas para informar a ação que se decide tomar para melhorar a prática” e “ao mesmo tempo altera o que está sendo pesquisado e é limitado pelo contexto e pela ética da prática”.
Segundo Sadín Esteban (2013), o alcance do objetivo proposto em uma pesquisa-ação se faz através de um ciclo que atividades, sendo elas: identificar o problema, torná-lo claro e diagnosticá-lo, elaborar um plano para solução ou melhoria do problema, implantar o plano e avaliar os resultados constituindo assim um feedback, o qual deve levar a um novo diagnóstico e espiral de reflexão e ação. Destaca-se que a pesquisa incluiu em seu primeiro momento, na etapa exploratória, a aproximação e imersão no contexto em estudo e posteriormente o acompanhamento e avaliação do processo.
3.2 Participantes
A pesquisa contou com a participação de 19 (dezenove) auxiliares de educação responsáveis pelo atendimento de 71 (setenta e um) crianças de 0 a 2 anos de idade, distribuidas em 4 (quatro) escolas de educação infantil em uma rede municipal de educação do interior do Estado de São Paulo, Brasil.
As auxiliares, mulheres entre 19 e 60 anos, de classe média, funcionárias púbicas efetivas ou temporárias, residentes no município de trabalho ou cidades vizinhas. Dessas, 7 (sete) concluíram o ensino médio, 4 (quatro) o magistério e 8 (oito) o Ensino Superior, sendo: 6 (seis) na área da Pedagogia, 1 (um) na área de História e 1 (um) na área de Direito.
3.3 Instrumentos
De maneira integrada e complementar foram utilizados como instrumentos para coleta de dados na etapa exploratória deste estudo: entrevista aberta em grupo focal, sessões de observação participante em sala de aula, revisão de documentos, entrevista semiestruturada individual e um teste situacional.
3.4 Procedimentos
A composição desta amostra deu-se a partir da aproximação da pesquisadora com o Departamento Municipal de Educação. Após explicação sobre a relevância social do estudo e sanada as dúvidas da equipe responsável (direção, coordenação e orientação pedagógica) a realização do estudo foi autorizada. Assim, foi entregue às participantes do estudo, bem como aos responsáveis legais pelas crianças atendidas no âmbito em questão, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Dado o retorno deste, demos sequência a imersão no contexto em estudo, iniciando a etapa exploratória desta investigação.
Com vista a conhecer o contexto educacional sob o olhar das participantes do estudo, iniciou-se a entrevista aberta. Como descrita por Delval (2002), uma conversa direcionada por algumas hipóteses iniciais, que permite explorar um novo campo. Porém, neste momento foi constatada a insegurança das participantes em se expressarem - as mesmas aparentemente sentiam-se avaliadas. Dado este fato, a entrevista passou a acontecer em grupo focal. Segundo Kitzinger (2000), uma forma de entrevistas com grupos, baseada na comunicação e na interação. Prática que possibilita encontrar informações que favoreçam a compreensão de percepções, crenças, atitudes, produto ou serviços. Ao longo dos encontros, palavras-chave, ideias e reflexões foram registradas em caderno de campo para posterior análise.
O próximo passo foi a observação, elemento fundamental em diversos aspectos de uma pesquisa, visto que “(...) traduz descrições detalhadas de acontecimentos, pessoas, ações e objetos em determinado contexto” (Vianna, 2003, p.16).
“A observação nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano” (Gil, 1987, p.104). Optou-se nesta investigação a fim de suprir inconvenientes como possíveis alterações no comportamento dos observados em adotar uma observação participante. A observação participante, ou ativa, equivale à participação real do observador na vida ou grupo, ou seja, o observador assume o papel de membro do grupo (Gil, 1987).
Em seguida, a fim de compreender e analisar as informações coletadas até o momento, buscou-se explorar de maneira qualitativa o Edital de Concurso Público para contratação das profissionais em questão.
Assim, dada as análises realizadas até o momento, se fez necessário conhecer as particularidades das participantes com relação ao contexto em que atuam, para isso utilizou-se a entrevista semiestruturada. Como explica Delval (2002) perguntas comuns para todos os sujeitos, mas que vão sendo ampliadas e complementadas de acordo com as repostas dos investigados para poder interpretar da melhor maneira possível o que vão dizendo. As questões básicas visaram analisar a importância da formação profissional, a valorização deste serviço e as necessidades da criança pequena. Cada entrevista levou em média 30 minutos, foram gravadas e posteriormente transcritas.
Por fim, foi elaborado pela pesquisadora um teste situacional envolvendo situações observadas e cotidianas no cenário educacional de 0 a 2 anos de idade.
Em suma os procedimentos desenvolvidos foram:
Vale ressaltar que as atividades desenvolvidas nesta etapa desencadearam reflexões e alterações no contexto em pesquisa, fato que integra uma pesquisa-ação.
3.5 Análise dos Dados
Os dados foram analisados através de categorias a priori extraídas da literatura, e em categorias empíricas, geradas pelo próprio estudo. Os dados foram analisados, interpretados e agrupados considerando suas caracteristicas e semelhanças (Bardin, 2009).
4. Resultados e Discussão
Os dados coletados na etapa exploratória, aqui apresentada, possibilitaram verificar e examinar relações existentes na prática cotidiana das participantes, bem como planejar as atividades futuras.
A análise da entrevista aberta em grupo focal trouxe a visão do grupo participante quanto a maneira que notavam o seu próprio trabalho. Os termos apresentados pelo grupo foram (Figura 1):
Por meio destas palavras podemos afirmar que embora tenhamos pontos positivos, os maiores índices (Figura 2) referem-se a aspectos considerados pelo grupo como negativos, entre eles, no caso, o assistencial, que para as participantes não remete a uma proposta educacional.
De acordo com Ribeiro (2020) a partir da década de 90, no Brasil, o cuidar e educar passam a ser objetivos indissociáveis da educação infantil. Porém, a história da educação infantil no Brasil é marcada por ideias que denota uma separação entre os objetivos indicados gerando um grande desafio ao contexto educacional, desconsiderando a relação pertinente entre ambos para garantir o pleno desenvolvimento da criança.
Visto o sentimento apresentado pelo grupo, ao adentrar o contexto educacional através da observação participante notou-se a falta de materiais apropriados para a realização do trabalho e, também, o pequeno número de profissionais frente ao número de tarefas.
Considerando os dados obtidos julgou-se necessário a análise do Edital de Concurso Público para o Cargo de Auxiliar de Educação, verificando-se assim as tarefas de responsabilidade do auxiliar e as exigências relativas à formação do mesmo para a execução de seu trabalho. Esta análise propiciou apurar a ligação entre as informações anteriores e o exigido para tal função.
Na figura 3 verifica-se a categorização das tarefas descritas em assistencial e educacional.
Compuseram as categorias indicadas: prestar cuidados de higiene, limpeza da creche, administrar alimentação conforme cardápio padronizado, ministrar medicamentos e, estimular as crianças a serem independentes, incentivar as brincadeiras, entre outras.
Embasados pelos dados coletados, deu-se início as entrevistas semiestruturadas individuais. As respostas obtidas foram transcritas e agrupadas de acordo com a semelhança entre suas características. Com relação as questões destacamos:
Neste caso, foi possível notar categorias que indicaram inclusive o desejo ou não em permanecer realizando esta atividade profissional.
Na fala das participantes é possível notar no que tange ao desejo inicial de atender a crianças pequenas que 13% manifestaram como motivo o “gostar de crianças”. Explicação que não elucida “a paixão de conhecer” indicada por Freire (2005) necessária ao contexto educacional. Os dados apresentados, permitiram verificar também que a maioria das participantes, ao iniciar seu trabalho, não desejavam atender a crianças pequenas. Porém a partir do momento que tiveram contato com essa experiência, 29% dos profissionais decidiram por permanecer atendendo essa faixa etária.
Outra questão foi com relação a formação recebida para exercer tal função. A esse respeito:
O resultado encontrado mostrou que a formação aconteceu a partir do apoio de outros profissionais com experiência prática no contexto em questão (47%). Das dezenove entrevistas realizadas, não foi referenciado a formação acadêmica, ou seja, a relação entre a prática e os conteúdos de estudos (teoria). Na tabela 2 é possível verificar a frequência de respostas indicadas pelas participantes.
Por vez, ao se tratar da satisfação ao realizar o trabalho nota-se:
Entre as colocações:
“... eu gosto de estar aqui porque é uma experiência trabalhar com bebês..., mas, eu sou professora, sou formada em pedagogia e eu queria dar aula né. Meu sonho mesmo é dar aula. Aqui estou realizada em partes então, vamos dizer assim.” (In. Ribeiro, 2020, p.134).
Resposta que aponta para o distanciamento ainda existente entre a ideia de criança pequena e seu desenvolvimento. Fato que desconsidera, como explica Piaget e Inhelder (1988), a estimulação necessária nesta fase da vida.
A partir dos motivos de insatisfação apresentados, 3 categorias foram elencadas como mostra a tabela 3:
Das participantes, 34% demonstraram insatisfação devido à falta de recursos como: a falta de funcionários e grande número de crianças por auxiliar, remetendo as informações obtidas através da observação participante.
Neste momento, através de um teste situacional, foi possível notar que a maior parte das auxiliares necessitavam de uma formação específica para solucionarem os conflitos de maneira a possibilitar o desenvolvimento da criança e, também, otimizar sua rotina diária. Das participantes apenas uma auxiliar atingiu um percentual maior que 50%, sendo a média geral entre os participantes de 36% de acertos. Como assegura Rossetti-Ferreira (1998) na relação com a criança estaremos sempre assumindo um papel fundamental com vista a necessidade do sujeito. Em outras palavras, a atuação (a tomada de decisão) do profissional de educação deve atender as necessidades da criança favorecendo seu desenvolvimento.
5. Conclusões
Um dos interesses desta etapa da pesquisa foi conhecer a visão do educador da primeira infância frente à importância do seu próprio trabalho. Através dela pôde ser notado que “a educação que se pratica na atualidade não é simplesmente o resultado das necessidades sociais do presente, mas responde também à história da função educativa” (Delval, 2007, p.21).
Com base na análise qualitativa concluiu-se também que:
• O cuidar com vista ao atendimento assistencial ainda direciona de forma predominante o funcionamento das unidades escolares participantes deste estudo.
• O não conhecimento do desenvolvimento da criança pequena não propicia práticas favoráveis à construção da inteligência da criança no período sensório-motor.
• O auxiiar de educação ao sentir-se desvalorizado, não observa a importância de sua atuação para o desenvolvimento da criança pequena.
• A valorização profissional através de um plano de carreira específico, de projetos de formação e condições de trabalho se faz inerente e de direito dessas profissionais. (Ribeiro, 2020, p.135).
Considera-se que este estudo despertou o interesse da comunidade local (equipe escolar e famílias) para a importância do desenvolvimento da criança de 0 a 2 anos de idade, tal como para a relação existente entre a prática educacional e a formação do profissional (Ribeiro, 2020).
A metodologia de pesquisa utilizada possibilitou não apenas conhecer o contexto educacional e a relação entre as auxiliares e o desenvolvimento das crianças de 0 a 2 anos de idade, mas, encontrar a complexidade que norteia este cenário, exaltando através interrogativas que vão além das hipóteses anteriormente estabelecidas, sobrepondo aspectos particulares do contexto em análise. Em outras palavras, a importância de investigar o contexto educacional a partir do olhar de quem o compõe (Ribeiro, 2020).
Finalmente, nota-se também a relevância de ouvir as expectativas e concepções das famílias quanto às necessidades das crianças pequenas, bem como observar como vem acontecendo a construção do conhecimento pela criança em contexto educacional (Ribeiro, 2020). Acredita-se que estes possam ser objetos de pesquisas futuras, ampliando a compreensão de situações vivenciadas através de um novo ciclo de reflexão e ação.