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Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versão impressa ISSN 0430-5027

Resumo

MALULY, Vinicius Sodré. Contrastes territoriais na américa portuguesa: a lentidão extrema e uma rede atlântica de pessoas e de ideias. Finisterra [online]. 2023, n.124, pp.139-149.  Epub 31-Dez-2023. ISSN 0430-5027.  https://doi.org/10.18055/finis33181.

Territórios são formados por contrastes que se tornam mais aparentes na medida em que os estudamos cada vez mais. O mesmo vale para territórios do passado. Nesta pesquisa, buscamos apresentar duas perspetivas aparentemente opostas e que compunham, simultaneamente, a América Portuguesa: a "lentidão extrema" e a rede atlântica de pessoas e de ideias. Ambas as temáticas são abordadas a partir de relatos do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, seja a partir de suas próprias experiências no início do século XIX, seja a partir dos relatos secundários que o mesmo realiza em sua obra. A análise desses contrastes territoriais é subsidiada pela perspetiva geográfica que enfatiza o caráter escalar dos fenômenos, sobrepondo-os e reconsiderando-os constantemente, à luz da história e de suas irregularidades, com o uso de correspondências da administração portuguesa à época. Em nosso entendimento, a geografia tem contribuído largamente com estudos sobre os territórios do passado, para além da cartografia e de outros produtos visuais. O raciocínio geográfico espacializa fenômenos, localizando-os em uma estrutura determinada, conferindo a eles não apenas certas atribuições, mas, principalmente, correlacionando-os com outros fenômenos localizados em escalas distintas. A partir da necessária dialética desse movimento interescalar, propomos uma conceituação aparentemente contraditória de um território que podia ser, ao mesmo tempo, "extremamente lento" e conectado a um oceano de pessoas e de ideias, tendo o "sertão" participação-chave nessa dinâmica.

Palavras-chave : Território; lentidão; atlântico; escalas; sertão.

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