SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número124Contrastes territoriais na américa portuguesa: a lentidão extrema e uma rede atlântica de pessoas e de ideiasResiliência das cadeias de abastecimento, possíveis trajetórias da produção internacional e a resposta da união europeia no contexto da pandemia da Covid-19 índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia

versão impressa ISSN 0430-5027

Resumo

SANTOS, Ana Carolina Ferraz dos; COSTA, Dália Maria de Sousa Gonçalves da  e  QUEIROS, Margarida. Mapeamento participativo das relações interseccionais de gênero em contexto escolar: a experiência de três escolas na cidade de Lisboa. Finisterra [online]. 2023, n.124, pp.151-167.  Epub 31-Dez-2023. ISSN 0430-5027.  https://doi.org/10.18055/finis33472.

Analisar o espaço escolar sob uma perspetiva interseccional de gênero implica ir além da sua abordagem enquanto contexto de interação entre crianças e jovens, reconhecendo que o espaço e as identidades sociais se constituem mutuamente. Por outras palavras, o espaço é um reflexo das relações de poder hegemônicas e, simultaneamente, a sua conceção e vivência perpetuam diversas formas de desigualdade. Neste artigo aborda-se a escola a partir de uma perspetiva interseccional, colocando a dimensão espacial no centro das análises da pluralidade de modos com que alunos e alunas ocupam e experienciam diferentes lugares. As experiências de estudantes e as suas vivências no espaço escolar são captadas e compreendidas com recurso ao mapeamento participativo como metodologia de análise, aplicando-a em três agrupamentos escolares localizados na cidade de Lisboa, em Portugal. Os resultados demonstraram as vantagens da metodologia na análise da pluralidade de masculinidades e feminilidades na escola, revelando como o gênero e a origem nacional são relevantes para a compreensão da maneira como os grupos de estudantes criam uma identidade distinta e são identificados. O mapeamento participativo também se revela uma metodologia adequada para analisar os processos de interação entre estudantes de diferentes nacionalidades e o papel desses processos na formação de dinâmicas socioespaciais na escola, através de três mecanismos: laterização cultural, guetização do espaço escolar e ocupação periférica do campo de jogos pelas alunas.

Palavras-chave : Relações de gênero; espaço escolar; mapeamento participativo; interseccionalidade; dinâmicas socioespaciais.

        · resumo em Inglês | Espanhol     · texto em Português     · Português ( pdf )