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Revista Diacrítica

versão impressa ISSN 0807-8967

Resumo

SOUSA, Sérgio Guimarães de. A filha (mais velha) de Joaquim Luís: Sobre As Três Irmãs. Diacrítica [online]. 2013, vol.27, n.3, pp.265-284. ISSN 0807-8967.

Em As Três Irmãs (1862), Camilo Castelo Branco, cedendo, segundo a leitura que desta novela tem sido feita, a valores burgueses (e, por extensão, à moralidade patriarcal), apresenta-nos uma protagonista, Jerónima, que parece encarnar os preceitos do Antigo Regime. Resistindo intransigentemente aos ideais do coração (o órgão que, muito romanticamente, expande idealizações), a moça, varonil e dotada de um espírito bem prático e empreendedor, compraz-se em ocupar-se com atividades comerciais. Este apego à família e à ordem patriarcal, ao que creio, mais não será, em boa verdade, do que uma denegação da ordem patriarcal e, consequentemente, da dominação masculina. Isto porque Jerónima, tudo bem visto, faz o que essa ordem não consente: não casa, apesar de sentimentalmente muito solicitada, e, num sinal evidente de subversão dos valores patriarcais, ocupa-se de tarefas eminentemente adstritas à condição masculina, como seja o empreendedorismo comercial e financeiro.

Palavras-chave : patriarcado; casamento; Romantismo; empreendedorismo.

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