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Silva Lusitana

versão impressa ISSN 0870-6352

Resumo

RODRIGUES, Abel  e  PITA, Gabriel. Evolução do Potencial de Sequestro do Carbono Atmosférico num Eucaliptal após o Corte. Silva Lus. [online]. 2012, vol.20, n.1-2, pp.1-13. ISSN 0870-6352.

Em Portugal os povoamentos de eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.) destinados principalmente à produção de pasta de papel, ocupam uma área de 793515 ha correspondendo a 23% da área florestal total. O principal objetivo deste trabalho foi a análise da recuperação do padrão sazonal da assimilação bruta de carbono (GPP-Gross primary production) numa parcela experimental de eucaliptal em Pegões (Sul de Portugal), após um corte raso realizado no período de Outubro-Novembro de 2006. A parcela localizava-se num povoamento de eucaliptal de 300 ha, situado na Herdade da Espirra, com uma densidade de 1100 árvores/ha. O povoamento foi explorado em regime intensivo de talhadia sob um ciclo produtivo de 12 anos e caracterizado por um período de 12 meses de atividade fisiológica. Os fluxos de carbono nesta parcela foram medidos durante o período 2002-2010, pelo método de covariância turbulência. Uma seca prolongada em 2004 e 2005, em que a precipitação foi reduzida a valores de 50% da média de longo prazo, e o corte raso, com o início de um novo ciclo produtivo, modificaram a capacidade de sumidouro de carbono do eucaliptal. No período anterior ao corte, o pico máximo de assimilação bruta (2204 g m-2) anual ocorreu em 2002, decrescendo para um mínimo de 1255,1 g m-2 em 2005, no auge da seca. Oito meses após o corte os caules emitidos dos cepos iniciaram um crescimento vigoroso e as novas árvores atingiram uma altura média de 8m em 2010. Em Junho de 2007 o eucaliptal recuperou a sua capacidade de sumidouro de carbono, com uma assimilação bruta de 1621,6 g m-2 em 2010. Os padrões sazonais de assimilação bruta de carbono em 2008 e 2009, com os máximos sazonais ocorrendo entre meados de fevereiro e meados de outubro, foram praticamente opostos aos do período anterior ao corte quando o controlo estomático evitou perdas de água em condições de stress hídrico no período de Verão. A recuperação rápida do jovem eucaliptal foi devida à manutenção do sistema radicular desenvolvido e funcional. Em 2010 o padrão de variação mensal foi análogo ao do período anterior ao corte.

Palavras-chave : Fixação de carbono; controlo estomático; sazonalidade; talhadia; sistema radicular desenvolvido.

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