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Revista Portuguesa de Clínica Geral

 ISSN 0870-7103

SANTOS, Maria Inês et al. Referenciação aos cuidados de saúde secundários em idade pediátrica. []. , 27, 5, pp.422-432. ISSN 0870-7103.

^lpt^aObjectivos: Estimar a taxa de referenciação à consulta externa hospitalar em idade pediátrica das Unidades de Saúde Familiar (USF) Grão Vasco e Viriato ao Hospital de São Teotónio (HST); caracterizar a referenciação nestas USF à consulta externa do HST; analisar a resposta hospitalar. Tipo de estudo: Observacional, transversal e analítico. Local: HST, USF Grão Vasco e Viriato. População: Crianças e adolescentes (menos de 18 anos de idade), inscritas nas USF Grão Vasco e Viriato, que utilizaram as consultas de Saúde Infantil e Juvenil durante o ano de 2009. Métodos: Foram analisadas todas as referenciações efectuadas durante o ano de 2009. Os dados foram colhidos por consulta dos processos hospitalares e das USF. Variáveis estudadas: sexo, idade, número de crianças referenciadas por médico, número de consultas por médico, anos de prática do médico, consulta pedida, motivo de referenciação, iniciativa da referenciação, forma de escrita das cartas, qualidade das cartas, tempo até primeira consulta, informação de retorno. Resultados: Foram analisadas 135 referenciações, 63% do sexo masculino, média de idades 6,1 ± 4,2 anos. Foi encontrada uma taxa de referenciação de 1,1% (0,9; 1,3). Não se encontrou correlação significativa entre os anos de prática clínica do médico de família e a taxa de referenciação. As especialidades mais referenciadas foram Pediatria Geral (35,6%) e Cirurgia Pediátrica (33,3%). As cartas de referenciação apresentaram boa qualidade em 69,6% dos casos. Verificou-se uma associação significativa entre a qualidade das cartas e a especialidade referenciada, tendo-se encontrado uma associação significativa entre a Cirurgia Pediátrica e cartas de qualidade razoável/má. A mediana do tempo de espera pela consulta foi de 92 dias (83,6; 100,4). Encontrou-se informação de retorno em 10,5% dos casos. Conclusões: A taxa de referenciação encontrada foi inferior à observada noutros artigos. Existem aspectos a melhorar na qualidade das cartas de referenciação e no tempo de resposta hospitalar às consultas.^len^aObjectives: To determine the rate of referral of pediatric patients from the Grão Vasco Family Health Unit and the Viriato Family Health Units (FHU) to the São Teotónio Hospital (STH) pediatric outpatient clinic, to characterize these referrals, and to analyze the hospital’s response to these referral. Design: Cross-sectional Setting: Two family health units and one pediatric hospital outpatient clinic. Population: Children and adolescents under 18 years of age registered at the Grão Vasco and Viriato Family Health Units who attended the child and adolescent outpatient clinic at São Teotónio Hospital in 2009. Methods: We reviewed all pediatric referrals made during 2009. Data were collected by examining hospital and FHU clinical records. The variables assessed were: gender, age, number of children referred per physician, number of consultations per physician, physician’s years of practice, consult requested, reason for referral, initiator of referral, format of the referral letter, quality of referral letter, time to first consultation, and hospital feedback. Results: A total of 135 referrals were analyzed. 63% of patients referred were male. The mean age of referred patients was 6.1 ± 4.2 years. A referral rate of 1.1% (0.9; 1.3) was found. No significant correlation between years of clinical practice of the family physician and the rate of referral was found. The specialties with the greatest number of referrals were general pediatrics (35.6%) and pediatric surgery (33.3%). The referral letters were of good quality in 69.6% of cases. There was a significant association between the quality of letters and the referred specialty. There was a significant association between referrals to pediatric surgery and letters with reasonable or bad quality. The median waiting time for consultation was 92 days (83.6; 100.4). A reply to the referral from the hospital to the referring physician was found in 10.5% of cases. Conclusions: The referral rate in this study was lower than that found in other studies. The quality of referral letters and the hospital’s response time require improvement.

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