27 5 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Clínica Geral

 ISSN 0870-7103

PINA, Alexandra et al. Arando na profilaxia das infecções urinárias recorrentes: revisão baseada na evidência. []. , 27, 5, pp.452-457. ISSN 0870-7103.

^lpt^aIntrodução: As infecções urinárias recorrentes têm um grande impacto em termos de morbilidade e custos em saúde. A emergente resistência aos antibióticos acentua a necessidade de terapêuticas profilácticas alternativas. Objectivo: Rever a evidência disponível sobre a eficácia do arando na profilaxia das infecções não complicadas do tracto urinário em mulheres adultas. Fontes de dados: Base de dados MEDLINE e sítios de Medicina Baseada na Evidência (UpToDate, Clinical Evidence, Bandolier, EBM Online, ACP Journal Club, TRIP Database, InfoPOEMs, The Cochrane Library, DARE, Guidelines Finder, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Infobase, USPSTF, NICE e Canadian Task Force on Preventive Health Care). Métodos de revisão: Pesquisa de sistemas, meta-análises, revisões sistemáticas, normas de orientação clínica e ensaios clínicos aleatorizados e controlados, publicados entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010, em inglês, português e espanhol. Foram utilizados os termos MeSH, vaccinium macrocarpon e urinary tract infections, e a palavra cranberry. Para avaliação da qualidade dos estudos e força de recomendação foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy da American Family Physician. Resultados: Foram obtidos 127 artigos, dos quais nove cumpriam os critérios de inclusão: um sistema, três revisões sistemáticas, quatro normas de orientação clínica e um ensaio clínico. O arando, nas suas diferentes formas, parece ser eficaz na redução da recorrência das infecções urinárias em mulheres adultas sem patologias associadas. Conclusões: A evidência disponível demonstrou que o arando apresenta benefício na profilaxia das infecções urinárias recorrentes (Força de Recomendação B). Contudo, a sua recomendação está limitada pela heterogeneidade do desenho dos estudos e pela falta de consenso relativamente à dosagem e formulação a utilizar. São, por isso, necessários estudos de qualidade, que avaliem a segurança e tolerabilidade, bem como a posologia e a formulação mais adequadas.^len^aIntroduction: Urinary tract infections (UTIs) are an important health problem, both in terms of morbidity and economic impact. Emerging antibiotic resistance increases the need for alternative preventive approaches. Aim: To review the available evidence on the efficacy of cranberries in preventing recurrent uncomplicated UTIs in adult women. Sources: MEDLINE database and the following evidence based medical sites: UpToDate, Clinical Evidence, Bandolier, EBM Online, ACP Journal Club, TRIP, InfoPOEMs, The Cochrane Library, DARE, Guidelines Finder, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Infobase, USPSTF, NIC and Canadian Task Force on Preventive Health Care. Methods: Search for systematic reviews, meta-analyses, clinical guidelines and randomized clinical trials published between January 2000 and December 2010 in English, Portuguese and Spanish. We used the MeSH terms: Vaccinium macrocarpon and UTI and the word cranberry. The American Family Physician`s Strength of Recommendation Taxonomy was used to establish the quality of the studies and define the strength of the recommendation. Results: Of the 127 articles found, only nine fulfilled the inclusion criteria and were selected. These included one clinical decision support system, three systematic reviews, four clinical guidelines and one clinical trial. In its various forms, cranberries seem to effectively decrease the recurrence of UTIs in adult women without associated comorbidities Discussion: Available evidence shows that cranberries are beneficial in preventing recurrent urinary infections (Strength of Recommendation B). However, this recommendation is limited by the heterogeneity of studies and lack of agreement concerning dosage and presentation. Better studies are needed to establish safety and tolerability as well as the adequate dosage, presentation and duration of the treatment.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )