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Análise Psicológica

versão impressa ISSN 0870-8231

Resumo

LOURENCO, Orlando  e  KAHN, Peter. Raciocínio ecológico-moral: um estudo desenvolvimentista numa amostra de sujeitos de Lisboa. Aná. Psicológica [online]. 2000, vol.18, n.4, pp.425-435. ISSN 0870-8231.

Os problemas do ambiente não podem mais ser ignorados. Neste artigo, são apresentados alguns resultados de uma investigação realizada numa amostra de sujeitos de Lisboa (Kahn & Lourenço, 2000). Nessa pesquisa, foram explorados alguns aspectos da nossa compreensão da ontogénese da relação humana com a natureza. Cento e vinte participantes igualmente divididos por quatro níveis de escolaridade (5.º ano, 8.º ano, 11.º ano e 1.º ano da Universidade) foram confrontados primeiro com problemas ambientais apelando para os quatro elementos fundamentais da natureza (i.e., terra, água, ar e fogo) e indagados depois sobre a importância que eles concediam a tais problemas e a sua possível conceptualização em termos ecológico-morais. Os resultados sugerem que (1) os problemas do ambiente preocupam as pessoas desde bastante cedo, um dado consistente com a hipótese da biofilia defendida por E. Wilson (1984) de que existe uma propensão biológica para nos afiliarmos com a natureza; (2) esta hipótese sai enriquecida quando inserida numa perspectiva teórica mais global que tem em conta a biologia, a cultura e o desenvolvimento; (3) tais preocupações vêm alargar o domínio tradicional da moralidade, um domínio onde cada vez faz mais sentido integrar também a área do raciocínio ecológico-moral; (4) esta nova área de pesquisa pode ajudar a esclarecer questões importantes e controvertidas no domínio do desenvolvimento moral (e.g., o debate da justiça vs. cuidado); e (5) qualquer programa de educação ambiental só tem a ganhar se tomar em conta os dados que emergem da pesquisa sobre a nossa compreensão da ontogénese da relação humana com a natureza.

Palavras-chave : Concepções e valores ambientais; raciocínio ecológico-moral.

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