MATAVELLI, Rafaela Dias; JESUS, Saul Neves de; PINTO, Patrícia    VISEU, João. Does coping mediate the effect of financial threat on life satisfaction? A multigroup analysis. []. , 39, 1, pp.65-76.   30--2021. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1724.

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The year of 2007 was marked by one of the most severe global financial crises, which led to an increase of psychopathological symptoms that negatively affected life satisfaction. This research analyzed how financial threat was associated with life satisfaction and how coping, as a mediating variable, influenced this relationship. The theoretical model was tested through a sample of 901 Portuguese individuals, averaging 37 years old (SD=12.86). A structural equation modelling (SEM) was used to obtain the results, by using a multiple-group analysis. Overall, the results showed that financial threat is negatively associated with life satisfaction and that proactive coping strategies have a positive association with life satisfaction.

The results obtained from coping as a mediating variable were not significant (considering the total sample). However, when we performed a multiple-group analysis, in the group of individuals with lower levels of financial threat, the mediation effect was statistically significant, showing an almost total attenuation of the crisis’s negative effects on life satisfaction. Thusly, we can infer that the mediating role of coping depends on the level of perceived financial threat. Since periods of financial threat have a negative impact on individuals’ psychological health, coping strategies can mitigate this relationship by decreasing the aforementioned negative impact.

O ano de 2007 foi marcado por uma das maiores crises financeiras de sempre, que levou a um aumento dos sintomas psicopatológicos que afetam negativamente a satisfação com a vida. Este estudo procurou analisar de que modo a ameaça financeira se associa com a satisfação com a vida e como o coping (utilizado como variável mediadora) influencia esta relação. O modelo teórico foi testado através de uma amostra composta por 901 indivíduos portugueses, com uma idade média de 37 anos (SD=12.86). Para a obtenção dos resultados, foi utilizado um modelo de equações estruturais (SEM) com uma análise multigrupo. De um modo geral, os resultados mostraram que a análise financeira está negativamente associada com a satisfação com a vida e que as estratégias de coping proativo têm uma associação positiva com a satisfação com a vida. Os resultados obtidos do coping como variável mediadora não foram estatisticamente significantes, tendo em conta a amostra total. Contudo, ao efetuarmos uma análise multigrupo, o efeito de mediação, nos indivíduos com os níveis mais baixos de ameaça financeira, foi estatisticamente significante, atenuando quase totalmente os efeitos negativos da crise financeira na satisfação com a vida. Assim, podemos inferir que o papel do coping (como variável mediadora) depende do nível percecionado de ameaça financeira, ou seja, as estratégias de coping podem mitigar o impacto negativo de períodos de crise financeira na saúde psicológica dos indivíduos, uma vez que diminuem o supramencionado impacto.

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