DINIZ, Eva; BRANDAO, Tânia; MONTEIRO, Lígia    VERISSIMO, Manuela. Parenting and child well-being during the COVID-19 outbreak: The importance of marital adjustment and parental self-efficacy. []. , 39, 2, pp.277-286.   31--2021. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1902.

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The pandemic situation of COVID-19 has introduced new challenges on family routines, affecting interpersonal relationships, which may have detrimental consequences to child well-being. The current study aimed to examine the direct effects of marital adjustment on child socioemotional adjustment and to test if parental self-efficacy mediated this association during home confinement due to COVID-19. A final sample of 163 caregivers was recruited online during home confinement period. On average children were 6 years-old (SD=2.92; 44.8% girls). Caregivers and their child were in home confinement for an average of 31 days (SD=12.08). Most of the couples had been married or living together for an average of 14 years (SD=5.77) and had a university degree, mostly living in metropolitan areas. Caregivers answer to a set of measures assessing marital adjustment, parental self-efficacy, and child socioemotional competence and behavior. Findings depicted a direct effect on the positive association between marital satisfaction and parental self-efficacy, and negatively associated with anger-aggression. Parental self-efficacy was positively associated with child’s: social competence, negatively associated with anger-aggression, and anxiety-withdrawal. Indirect effects depicted that marital satisfaction was associated with child’s social competence, anger-aggression and anxiety-withdrawal through parental self-efficacy. Thus, higher marital satisfaction was associated with more parental self-efficacy which in turn was associated with more child’s social competence. Findings are relevant to the current state of the art, given the lack of information regarding imposed isolation due to COVID-19 and the consequences it may have to child’s well-being.

O confinamento devido à pandemia da COVID-19 trouxe desafios às rotinas familiares, nomeadamente as relações interpessoais, com consequências para o bem-estar das crianças. O presente estudo pretende investigar: (a) os efeitos diretos do relacionamento conjugal no bem-estar socioemocional da criança; e (b) avaliar se a auto-eficácia parental mediou esta associação durante o primeiro confinamento devido à pandemia da COVID-19. Uma amostra final de 163 cuidadores (principalmente mães) foi recolhida online durante este período. Em média as crianças tinham 6 anos (DP=2.92; 44.8% do sexo feminino). As crianças e os seus cuidadores estavam em confinamento, em média, há 31 dias (DP=12.08). A maioria dos participantes era casado/vivia junto, em média, há 14 anos (DP=5.77), tinha educação superior e vivia em áreas metropolitanas. Os participantes responderam a um conjunto de instrumentos que avaliavam qualidade do relacionamento conjugal, auto-eficácia parental e desenvolvimento socioemocional da criança. Os resultados revelaram a existência de um efeito direto na associação entre satisfação conjugal e auto-eficácia parental, negativamente associado com a agressividade da criança. A auto-eficácia parental revelou-se positivamente associada com a competência social da criança e negativamente associada com sua agressividade e ansiedade. Os efeitos indiretos revelaram que a satisfação conjugal se associou à competência social da criança e estava negativamente associada com a sua agressividade e ansiedade através da auto-eficácia parental. Ou seja, maior satisfação conjugal associou-se a maior auto-eficácia parental, o que por sua vez se associou a maior competência social da criança. Os resultados destacam a importância da qualidade das relações interpessoais no bem-estar das crianças, em particular durante um período de maior vulnerabilidade, como o confinamento devido à pandemia da COVID-19.

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