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Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231 ISSN 1646-6020

MORGADO, Alice Murteira; CRUZ, Joana    PEIXOTO, Maria Manuela. Coping with the COVID-19 pandemic: Strategies employed by different sociodemographic groups and their role on quality of life. []. , 40, 1, pp.15-31.   30--2022. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1843.

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The ways people cope with stressful and crisis-inducing episodes, such as the COVID-19 pandemic, have implications for quality of life. The current study aimed to analyse how coping strategies used by individuals during the COVID-19 pandemic varied according to sociodemographic characteristics. It also aimed to analyse how such strategies influence quality of life. Through an online survey, 505 adults living in Portugal reported on their sociodemographic characteristics, coping strategies, and perceptions of quality of life during the COVID-19 pandemic period. A sociodemographic questionnaire and the Portuguese versions of the Brief COPE and WHOQOL-BREF were used to assess the variables of interest.

The main results suggest that middle-aged and more educated individuals, who were exposed to more risks at work, used more effective coping strategies. Men used more self-blaming coping strategies while women used more emotional support, religion, distraction, self-distraction, and behavioural withdrawal. Active coping was the strongest predictor of physical, psychological, and social domains of quality of life.

Further studies are needed to examine the growth trajectory after the mitigation phase and the coping strategies used to promote mental health. Overall, advocating for active coping with current challenges promotes positive perceptions of quality of life amid the pandemic COVID-19.

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A forma como as pessoas lidam com situações de crise e stress, como é o caso da pandemia COVID-19, tem implicações na sua qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo analisar de que forma pessoas de diferentes grupos sociodemográficos utilizaram diferentes estratégias de coping durante a pandemia COVID-19. Foi também objetivo deste estudo, analisar de que forma essas estratégias influenciam a qualidade de vida. 505 adultos residentes em Portugal participaram num questionário online, indicando as suas características sociodemográficas, estratégias de coping e perceções relativas à sua qualidade de vida durante o período de pandemia devida à COVID-19. O protocolo de avaliação incluiu um questionário sociodemográfico e as versões portuguesas do Brief COPE e do WHOQOL-BREF.

Os resultados principais sugerem que as pessoas de meia idade e com níveis mais elevados de educação, que foram mais expostas a riscos no trabalho utilizaram estratégias de coping mais eficazes. Os homens utilizaram mais estratégias de coping focadas na autoculpabilização enquanto as mulheres recorreram mais ao apoio emocional, à religião, a estratégias de distração e autodistração, assim como de evitamento comportamental. O coping ativo foi o preditor mais forte da qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e social.

Estudos de continuidade são necessários para averiguar as trajetórias após a fase de mitigação da pandemia e as estratégias de coping utilizadas para promover a saúde mental. De um modo geral, sugere-se que o coping ativo face aos desafios no contexto da pandemia COVID-19 poderá promover perceções mais positivas da qualidade de vida.

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