AZEVEDO, Julieta Martins et al. Dominant Affective Temperaments and its variance among people with depression, bipolar disorder, and a non-clinical sample: Validation of the Affective Temperament Questionnaire (ATQ). []. , 41, 1, pp.87-104.   30--2023. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1955.

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Affective temperaments are frequently described as a biologically determined early emerging variation in emotional reactivity, with solid temporal stability. We aimed to analyse affective temperament variation and dominance while adapting and translating the Affective Temperament Questionnaire (ATQ) to European Portuguese in both clinical (Major Depressive Disorder - MDD and Bipolar Disorder - BD) and non-clinical samples. ATQ was administered to 42 subjects with MDD, 64 with BD and 411 non-clinical. A 3-factor model CFA was performed (comprising hyperthymic, cyclothymic and dysthymic temperaments), revealing good adjustment and acceptable internal consistency levels. ATQ subscales showed a general higher internal consistency in people with mood disorders. Support for convergent validity was found. BD and MDD presented higher prevalence in Cyclothymic and Dysthymic temperaments than non-clinical, although they did not differ significantly between them regarding the last one. Findings suggest ATQ is a valid and reliable self-report measure to assess affective temperaments in the Portuguese population and proved to be acceptable for either clinical or non-clinical samples. This measure can be applied to detect early vulnerability to affective disorders, which can be very helpful in clinical settings and primary care.

Os temperamentos afetivos são frequentemente descritos como variações precoces na reatividade emocional, biologicamente determinadas e com uma estabilidade temporal sólida. O nosso objetivo foi analisar a variação do temperamento afetivo e a presença de estados tímicos dominantes em amostras clínicas (Perturbação Depressiva Major - PDM e Perturbação Bipolar - PB) e não clínicas, fazendo também a adaptação e tradução do Questionário de Temperamento Afetivo (ATQ) para português europeu (PT-EU). O ATQ foi administrado a 42 indivíduos com PDM, 64 com PB e 411 não clínicos. Um modelo de Análise Factorial Confirmatórial (AFC) de 3 fatores foi testado (compreendendo subescalas de temperamento hipertímico, ciclotímico e distímico), revelando bom ajuste e níveis aceitáveis de consistência interna. As subescalas do ATQ mostraram uma consistência interna geral mais alta em pessoas com perturbações do humor. Suporte para validade convergente foi encontrado. Pessoas com PB e PDM apresentaram maior prevalência nos temperamentos Ciclotímico e Distímico do que as da amostra não clínica, embora não tenham diferido significativamente entre eles em relação ao último. Os resultados sugerem que o ATQ é uma medida de autorrelato válida e fiável para avaliar os temperamentos afetivos na população portuguesa e provou ser aceitável para amostras clínicas e não clínicas. Essa medida pode ser aplicada para detectar vulnerabilidade precoce a perturbações afetivas, o que pode ser muito útil no ambiente clínico e nos cuidados de saúde primários.

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