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Análise Psicológica

 ISSN 0870-8231 ISSN 1646-6020

ROSSI, Martina et al. A biopsychosocial perspective of mental health risk in Italy during phase two of the COVID-19 lockdown. []. , 41, 2, pp.143-159.   31--2023. ISSN 0870-8231.  https://doi.org/10.14417/ap.1997.

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Abstract: Introduction: Research into the first phase of the COVID-19 lockdown in Italy showed an association with an increased susceptibility to adverse mental health (MH) in the general population. We investigated in the same population the correlations between the various demographic, socioeconomic, biological/clinical history and psychological dimensions and MH in the second, “opening-up”, phase of the lockdown. Methods: An anonymous online survey collected data from 26 May to 4 July 2020 on demographic, socioeconomic, perceived risk, general health and quality of life appraisals, worry, interference in life, life satisfaction, perceived happiness and MH by using Mental Health Inventory-5 (MHI-5). Results: Of the 300 participants, only 195 responded to MH questions. Older age was positively associated with better MH (r=.15), as was education (r=.19). A negative correlation with MH, with medium-high effect size, was found with quality of life (r=.40) and health (r=.34) appraisals, and the factors “worry about sustenance” (r=.23) and “interference with life” (r=.32). A positive correlation, with strong effect size, was found between MH and life satisfaction (r=.53) and perception of happiness (r=.64). Discussion: During phase two of the lockdown, rather the real impact of COVID-19 restrictions on employment or economic resources, it was worry about finances that was associated with worse MH. Mental distress was associated with the loss of some positive psychological factors. From a homeostatic and biopsychosocial perspective of MH, life satisfaction and perceived happiness represent important mental resources for counteracting the effects of lockdown on MH.

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Resumo: Introdução: A investigação sobre a primeira fase do confinamento devido à COVID-19 em Itália mostrou que se observou um aumento da suscetibilidade a problemas de saúde mental (SM) na população. Na mesma amostra, investigámos as correlações entre as diversas dimensões demográficas, socioeconómicas, historial biológico/clínico e dimensão cognitivo-afetivas e a SM na segunda fase, de “abertura”, do confinamento. Métodos: Foi realizado um questionário online anónimo, com dados recolhidos entre 26 de maio e 4 de julho de 2020, sobre dados demográficos, socioeconómicos, risco percebido, saúde geral, qualidade de vida, preocupação, interferência na vida, satisfação com a vida, felicidade percebida e SM, usando o Inventário de Saúde Mental-5 (MIH-5). Resultados: Embora 300 participantes tenham respondido à secção demográfica e socioeconómica do questionário, apenas 202 responderam à secção de SM neste estudo exploratório. Usando pontuações totais do MHI-5 >52 para baixo distress e >70 para baixa depressão como pontos de corte, mostrámos que a idade avançada estava positivamente associada a melhor SM. Além disso, avaliações positivas mais baixas para a saúde geral e uma maior interferência na vida e na satisfação com a vida foram consideradas preditores de pior SM. Discussão: Durante a segunda fase do confinamento, o impacto das restrições da COVID-19 na SM dependeram da idade do sujeito. Apesar de indivíduos mais velhos apresentarem maior dificuldade no controlo da dor durante o período pandémico, relataram menor preocupação com as despesas diárias e com o futuro e menor interferência das restrições pandémicas na sua atividade laboral e na vida em geral. Independentemente da idade, a saúde mental estava associada à saúde geral autorreportada e à interferência da pandemia na vida e na satisfação com a vida em adultos durante o confinamento devido à COVID-19. Os resultados deste estudo indicam que os indivíduos mais jovens são os mais vulneráveis perante eventos de vida negativos significativos, tais como, a pandemia, e que esta vulnerabilidade aumenta quando os indivíduos têm uma menor capacidade de lidar com a interferência na vida e menor satisfação com a vida devido ao isolamento criado pelo confinamento. Assim, um sistema de saúde pró-ativo que cuide da saúde mental, especialmente entre os jovens, e programas destinados a promover a saúde mental devem ser estabelecidos nas instituições públicas, especialmente nas escolas.

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