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Revista de Ciências Agrárias

versão impressa ISSN 0871-018X

Resumo

MELHORADO, F.  e  MOREIRA, T.. Padrão sazonal do regime estomático em azinheiras (Quercus rotundifolia Lam.) regadas. Rev. de Ciências Agrárias [online]. 2007, vol.30, n.1, pp.212-222. ISSN 0871-018X.

O estudo realizado visou analisar a possível variação de regime estomático entre azinheiras regadas e azinheiras sob o clima natural ao longo das estações do ano. O projecto teve lugar num montado situado na Mitra, pólo universitário localizado a cerca de 13 km da cidade de Évora, região sudeste de Portugal. Recorremos a duas árvores isoladas, dentro do montado, para melhor caracterizar o padrão sazonal do regime estomático entre azinheiras regadas e padrão. As resistências estomáticas foram medidas com um porómetro (?AP4) em três períodos diurnos (manhã, meio-dia e ocaso) ao longo do ano hidrológico de 2001-02. Durante o período de Verão as resistências estomáticas da árvore regada foram significativamente diferentes (99%; alfa = 0,01) da árvore padrão, apresentando sempre o dobro da abertura estomática relativamente à árvore padrão. Verificando-se esta relação ao longo dos três períodos de medição diários. As resistências médias do período de Verão, seguem ao longo do dia, uma curva exponencial (com r2 = 0,99) em ambas árvores, com um máximo de resistência no ocaso. No Inverno as diferenças nas resistências estomáticas entre a azinheira regada e a padrão são significativas (a 99%; alfa = 0,01) ao longo do dia. Verificando-se uma alteração no padrão diário das resistências, tornando-se mais visível o “middayclosure”, particularmente na azinheira padrão. As curvas de resistência seguem um padrão bimodal (r2 = 1) em ambas azinheiras com o pico máximo ao meio-dia. Na azinheira regada, apesar da resistência máxima se verificar também ao meio-dia, a diferença para o período da manhã e ocaso não é muito pronunciada. Na análise da variação sazonal do regime estomático verifica-se a existência de diferenças significativas entre a azinheira regada e a padrão, no que concerne à amplitude de abertura estomática sendo o padrão comportamental diurno entre as duas azinheiras idêntico tanto no Verão como no Inverno. Conclui-se que a diferença entre o Verão e o Inverno no padrão comportamental da espécie, ou seja, a passagem de aumento exponencial das resistências para bimodal no Inverno, onde se evidencia o “midday-closure”, se deve, provavelmente, à menor solicitação evaporativa durante o ocaso no período de Inverno. Confirmou-se a existência do “middayclosure” na espécie como uma adaptação não rígida, dependente da disponibilidade hídrica do solo.

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