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Revista de Ciências Agrárias

versão impressa ISSN 0871-018X

Resumo

MARTINS, João Manuel Neves; TALHINHAS, Pedro  e  SOUSA, Raul Bruno de. Produção e composição química de sementes de Lupinus mutabilis em Portugal. Rev. de Ciências Agrárias [online]. 2016, vol.39, n.4, pp.518-525. ISSN 0871-018X.  https://doi.org/10.19084/RCA16079.

A espécie Lupinus mutabilis Sweet (tarwi), cultivada há milhares de anos na região Andina, é considerada uma cultura com potencial para a Europa, especialmente devido ao elevado teor proteico e oleico das suas sementes. Com este trabalho pretende-se rever os estudos realizados durante vários anos com vista à caraterização da produtividade e composição química das sementes de diversos acessos de tarwi, cultivados em ambiente Mediterrânico (Lisboa, Portugal), com o objetivo de selecionar linhas mais adequadas. A produtividade, apesar de baixa (menos que 2 t/ha, em média), e variável (0,26 a 6,0 t/ha), demonstrou que é possível obter linhas com produtividade suficiente para tornar esta uma cultura de outono-inverno de sequeiro. Estes resultados são mais encorajantes que outros obtidos na Europa central, onde o hábito de crescimento indeterminado origina com frequência dificuldades inultrapassáveis. A composição química das sementes de tarwi obtidas nestas condições Mediterrânicas alcança elevados teores proteicos (até 50%) e oleícos (até 19%). Os resultados obtidos indicam a possibilidade de selecionar plantas com maiores níveis de gordura nas sementes sem redução do teor proteico. Quando comparadas com semente produzidas no centro da Europa, as sementes produzidas em Portugal apresentam teores proteicos ligeiramente inferiores mas teores oleicos consistentemente superiores. Os principais desafios que se colocam a tarwi para a sua adoção enquanto cultura para o clima mediterrânico são: o aumento da tolerância aos frio e à geada, permitindo a sua cultura em zonas de maior continentalidade; o aumento da produtividade e do teor de gordura (sem comprometer o teor proteico); o aumento da resistência a pragas e doenças e uma maior competitividade com infestantes; e a otimização da arquitetura da planta, maximizando o vingamento de vagens e sementes, sem comprometer a flexibilidade produtiva (tão necessária pra fazer face à variabilidade climática interanual, típica do clima mediterrânico).

Palavras-chave : tremoceiro-dos-Andes, tarwi, oleoproteaginosa; adaptabilidade cultural.

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