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Arquivos de Medicina

versão On-line ISSN 2183-2447

Resumo

ABELHA, Fernando et al. Determinantes da mortalidade e tempo de internamento em doentes admitidos numa Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgica. Arq Med [online]. 2007, vol.21, n.5-6, pp.135-143. ISSN 2183-2447.

Introdução: Em Cuidados Intensivos (CI) os resultados podem ser avaliados de forma categorizada como relacionados com a mortalidade ou a morbilidade. Quando avaliada de forma isolada a mortalidade é uma medida insuficiente de avaliação dos resultado dos doentes críticos; o tempo de internamento na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) pode ser visto como uma medida indirecta do resultado relacionado com a morbilidade. O tempo de internamento pode ser visto como um marcador indirecto de resultados adversos e de maior utilização de recursos após cirurgia. O objectivo do presente estudo foi avaliar as taxas de mortalidade e os determinantes de mortalidade e tempo de internamento nos doentes admitidos numa UCI cirúrgica. Métodos: O estudo foi observacional e prospectivo e decorreu na UCI cirúrgica do Hospital de São João, tendo sido admitidos todos os doentes, adultos, submetidos a cirurgia não cardíaca, admitidos entre Outubro de 2004 e Abril de 2005. Os doentes foram categorizados de acordo com a idade, sexo, índice de massa corporal, estado físico ASA, tipo e magnitude da cirurgia, técnica e duração da anestesia, temperatura na admissão à UCI, tempo de estadia na UCI e no hospital e mortalidade na UCI e no Hospital. Para todos os doentes foi calculado o valor do Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II). Tempo de internamento prolongado na UCI foi considerado para os doentes com permanência de pelo menos 7 dias na UCI. Resultados: O tempo de internamento médio na UCI foi de 4,22 ± 8,76 dias. Factores de risco significativos de tempo de internamento prolongado na UCI foram o valor do de SAPS II (OR 3,00; 95% IC: 1,49-6,07, p = 0,002 para os doentes ASA III/IV) e a cirurgia emergente (OR 6,56; 95% IC: 1,89-12,44, p < 0,001 para cirurgia emergente). Quarenta e dois (11,2%) doentes morreram durante o internamento hospitalar. A mortalidade esteve significativamente associada com o estado físico ASA (OR 3,04; 95% IC: 1,41-6,56, p = 0,005 para os doentes ASA III/IV), cirurgia de emergencia (OR 5,40; 95% IC: 2,74-10,64, p < 0,001), valores de SAPS II (OR 1,09; 95% IC: 1,07-1,20, p < 0,001) e tempo de internamento prolongado na UCI (OR 8,05; 95% IC: 3,95-37,18, p < 0,001). Conclusões: A gravidade da doença medida avaliada pelo estado físico e índices de gravidade bem como a cirurgia de emergência foram determinantes para internamento prolongado na UCI e para maior mortalidade. Tempos de internamentos prolongados na UCI também foram determinantes de mortalidade hospitalar.

Palavras-chave : cuidados intensivos; período pós-operatório; mortalidade hospitalar; tempo de internamento.

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