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Arquivos de Medicina

versão On-line ISSN 2183-2447

Resumo

MASCARENHAS, Joana; BETTENCOURT, Paulo  e  AZEVEDO, Ana. Epidemiologia clínica da doença pulmonar obstrutiva crónica. Arq Med [online]. 2011, vol.25, n.4, pp.146-152. ISSN 2183-2447.

A nível mundial, a morbilidade e mortalidade atribuíveis à doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) têm vindo a aumentar e, actualmente, esta doença assume-se como uma importante ameaça económica e social. O tabagismo é o factor de risco quantitativamente mais importante e a poluição interior e exterior, a exposição ocupacional e a susceptibilidade genética têm sido reconhecidos como factores de risco adicionais. A prevalência de DPOC a nível populacional tem sido difícil de estimar devido à utilização de múltiplas definições. A variação das estimativas de prevalência é superior a 15% e as definições baseadas na espirometria apontam para valores mais elevados do que a auto-declaração do diagnóstico prévio de doença. A Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) propôs uma definição fisiológica da doença caracterizada por uma obstrução aérea não completamente reversível (FEV1/ FVC<70%, após broncodilatador). Criticando esta definição assente numa razão fixa, muitos autores advogam a utilização do critério baseado no “limite inferior do normal” para definir DPOC, na tentativa de diminuir o sobre diagnóstico nos idosos. Apesar da controvérsia, a definição proposta pelo GOLD é clara, fácil de memorizar, reprodutível em diferentes contextos e adequada para fazer comparações entre regiões. Esta definição foi recentemente adoptada por dois estudos multinacionais com o objectivo de obter estimativas padronizadas de base populacional em adultos com idade igual ou superior a 40 anos. As estimativas variaram entre 11,4 e 26,1% no estudo BOLD e entre 2,6 e 7,1% nas 5 cidades latino-americanas do estudo PLATINO. Independentemente do debate acerca da definição de DPOC, é indiscutível que a carga atribuível à doença é elevada e tem vindo a aumentar. No futuro, o principal desafio é combater a epidemia tabágica, em particular nos países em desenvolvimento, e promover o diagnóstico mais precoce por parte dos clínicos.

Palavras-chave : doença pulmonar obstrutiva crónica; espirometria; prevalência.

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