36 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Educação

 ISSN 0871-9187 ISSN 2183-0452

FRANCO, Vitor; VAZ, Leonor    LEAL, Sandrina. A importância das soft skills no trabalho dos profissionais de intervenção precoce na infância. []. , 36, 1, e23013.   18--2023. ISSN 0871-9187.  https://doi.org/10.21814/rpe.24851.

^a

A passagem da intervenção precoce no desenvolvimento infantil de uma perspectiva de estimulação para uma abordagem centrada na família implica uma mudança significativa na prática dos profissionais, ao nível técnico e das suas interações e transações com a criança e a família. Competências técnicas e características pessoais interligam-se, e a intervenção representa uma verdadeira relação de ajuda. As soft skills têm vindo a ser investigadas no âmbito de diversas profissões e carreiras e a sua importância tem sido sublinhada. Contudo, este é um estudo pioneiro em que se procura perceber como também os profissionais de Intervenção Precoce na Infância (IPI) valorizam estas dimensões não técnicas. O estudo foi realizado com 247 profissionais de equipas que integram o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância, que se pronunciaram sobre a importância das soft skills para a sua prática, através de um questionário com 48 itens. Os resultados obtidos apontam para a valorização de todas as competências identificadas na literatura, sendo especialmente relevantes a empatia, escuta ativa e trabalho em equipa. Foi analisada a valorização das soft skills em função das variáveis idade, género, formação e experiência, tendo os resultados mostrado que só muito pontualmente existem diferenças significativas. Os resultados obtidos são relevantes para uma nova forma de conceber e organizar a formação dos profissionais de IPI, assente no desenvolvimento de competências. Mostram como é importante que o conhecimento teórico sobre o desenvolvimento infantil e os modelos de intervenção se alie à promoção de competências pessoais exigidas pela natureza relacional do seu trabalho.

^lpt^a

The shift from a stimulation perspective of early intervention in childhood to a family-centered approach implies a significant change in the practice of professionals, at the technical level and in their interactions and transactions with the child and the family. Technical skills and personal characteristics are intertwined, and the intervention represents a real helping relationship. Soft skills have been investigated within the scope of various professions and careers and their importance has been underlined. However, this is a pioneering study that seeks to understand how Early Intervention (EI) professionals also value these non-technical dimensions. The study was carried out with 247 professionals from teams of the National Early Intervention System, who gave their opinion on the importance of soft skills for their practice, through a questionnaire with 48 items. The results point to the valorization of all skills identified in the literature, with empathy, active listening and teamwork being particularly relevant. The valuation of soft skills according to the variables age, gender, education and experience was analyzed, with the results showing that there are only very occasionally significant differences. The results are relevant for a new way of conceiving and organizing the training of EI professionals, based on the development of skills. They show how important it is for theoretical knowledge about child development and intervention models to be combined with the promotion of personal skills required by the relational nature of their work.

^len^a

El cambio de la atención temprana en el desarrollo infantil desde una perspectiva de estimulación a un enfoque centrado en la familia implica un cambio significativo en la práctica de los profesionales, a nivel técnico y en sus interacciones y transacciones con el niño y la familia. Las habilidades técnicas y las características personales están entrelazadas y la intervención representa una verdadera relación de ayuda. Se han investigado las soft skills en el ámbito de diversas profesiones y carreras y se ha subrayado su importancia. Sin embargo, este es un estudio pionero que busca comprender cómo los profesionales de la Atención Temprana (AT) también valoran estas dimensiones no técnicas. El estudio se realizó con 247 profesionales de equipos que integran el Sistema Nacional de Atención Temprana de Portugal, quienes comentaron la importancia de las soft skills para su práctica, a través de un cuestionario con 48 ítems. Los resultados obtenidos apuntan a la valorización de todas las competencias identificadas en la literatura, siendo especialmente relevantes la empatía, la escucha activa y el trabajo en equipo. Se analizó la valoración de las soft skills según las variables edad, sexo, educación y experiencia, y los resultados muestram que solo muy ocasionalmente existen diferencias significativas. Los resultados obtenidos son relevantes para una nueva forma de concebir y organizar la formación de los profesionales de la AT, basada en el desarrollo de competencias. Muestran la importancia de que los conocimientos teóricos sobre el desarrollo infantil y los modelos de intervención se combinen con la promoción de las habilidades personales requeridas por el carácter relacional de su trabajo.

^les

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )