SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.21 issue2Use of CARAT and lung function tests to assess control of asthma and rhinitisSubacute hypersensitivity pneumonitis author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Journal

Article

Indicators

Related links

  • Have no similar articlesSimilars in SciELO

Share


Revista Portuguesa de Imunoalergologia

Print version ISSN 0871-9721

Abstract

LEBLANC, Ana  and  CASTRO, Eunice Dias de. Avaliação da evolução e controlo da asma em grávidas num serviço de Imunoalergologia. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2013, vol.21, n.2, pp.117-124. ISSN 0871-9721.

Introdução: A asma complica frequentemente a gravidez, sendo a evolução individual imprevisível. O objectivo deste estudo foi avaliar a evolução e controlo da asma em grávidas seguidas em consulta de Imunoalergologia. >Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos de asmáticas seguidas durante a gravidez em consulta de Imunoalergologia, observadas mensalmente e com realização de espirometria, FeNO (fracção de óxido nítrico no ar exalado) e questionário ACT®. Realizou-se análise subjectiva da evolução ao longo da gravidez (melhoria, manutenção, agravamento), tendo em conta os dados anteriores, sintomatologia, medicação de alívio, recurso à urgência, corticoterapia sistémica e alteração terapêutica. Resultados: Foram incluídas 26 grávidas asmáticas (76,9% com rinite; 73,1% atópicas), entre os 18 e 36 anos (média: 27,6 ± 4,9 anos). Nos três trimestres da gravidez e no período pós-parto (PP), a maioria das grávidas apresentou função pulmonar normal (FEV1 >80%). A probabilidade de inflamação brônquica (avaliação pelo FeNO) foi diminuindo ao longo da gravidez e PP. O ACT mostrou total controlo da asma em apenas 28,6% no primeiro trimestre, 22,2% no segundo e 30% no terveiro trimestre. Para cada avaliação, correlacionou-se FEV1, FeNO e ACT (correlação significativa entre FeNO/ACT no segundo trimestre, p=0,028). Subjectivamente verificou-se que, no primeiro trimestre, a maioria (55,6%) das grávidas agravou; no segundo e terceiro trimestre e PP a maioria permaneceu estável (52,4%, 62,5% e 57,1%, respectivamente). Seis grávidas (23,1%) necessitaram de avaliação urgente e quatro de corticoterapia sistémica. Na avaliação global, uma grávida (3,85%) melhorou ao longo de toda a gravidez, enquanto 11 (42,3%) pioraram. Conclusões: Este estudo vem confirmar que a asma pode complicar, de forma imprevisível, a gravidez. Mesmo grávidas seguidas regularmente em consulta apresentaram evoluções variadas, com exacerbações e necessidade de ajuste terapêutico. É assim reforçada a necessidade de um seguimento regular da grávida asmática em consulta especializada para manter um maior controlo da asma, de forma a evitar as complicações fetais daí resultantes.

Keywords : Asma; controlo; exacerbação; gravidez; Asthma.

        · abstract in English     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License