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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Resumo

FERRO, Raquel et al. Monitorização de esporos de fungos em Lisboa, 2014-2016. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2019, vol.27, n.1, pp.29-39. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2019.03.004.

Objetivo: Avaliar a distribuição dos esporos de fungos potencialmente alergizantes em Lisboa no triénio 2014-2016, caracterizar a sua prevalência na atmosfera e estudar a influência dos fatores meteorológicos nas suas concentrações. Métodos: Monitorizaram-se os esporos de fungos presentes no ar atmosférico de Lisboa entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016. A amostragem foi efetuada através um captador Burkard Seven Day Volumetric Spore-trap®. Para identificação e quantificação de esporos de fungos recorreu-se a um sistema de leitura ao microscópio ótico baseado na análise de uma linha longitudinal ao centro da lâmina com uma ampliação de 600x. A influência dos factores meteorológicos sobre as concentrações dos esporos foi realizada pela análise da correlação de Spearman. Resultados: Neste estudo obteve-se uma concentração média diária de 3118 esporos/m3 de ar. A concentração anual total de esporos de fungos de 2014 foi a mais elevada (1 258 580 esporos/m3 de ar). Os tipos de esporos com maior prevalência na atmosfera de Lisboa foram Cladosporium cladosporoides (48,2%), Coprinus(4,5%), Leptosphaeria (2,5%), Agaricus (2,0%), Cladosporium herbarum (1,9%), Ustilago(1,5%) e Alternaria (1,2%). As concentrações mais elevadas registaram-se nos meses de verão e outono. Constatou-se um claro efeito dos parâmetros meteorológicos sobre as concentrações dos esporos de fungos. A temperatura média apresentou uma correlação positiva com a concentração total de esporos Cladosporium, Alternaria e Ustilagoe negativa com Coprinus, Agaricuse Leptosphaeria. A humidade relativa e a precipitação, relacionadas com a concentração total de esporos fúngicos, tiveram um efeito positivo significativo sobre os níveis de Coprinus, Agaricuse Leptosphaeria, apresentando uma correlação negativa com os níveis de Cladosporium, Alternaria e Ustilago. Conclusão: Este estudo permitiu conhecer o tipo e a distribuição dos esporos de fungos presentes na atmosfera de Lisboa. Verificou-se uma tendência sazonal semelhante nos três anos estudados. Os níveis de esporos de fungos mais elevados foram registados no verão e no outono. O género Cladosporiumrepresentou 50% do total dos esporos coletados. A variação dos parâmetros meteorológicos influencia, claramente, as concentrações dos esporos de fungos. A temperatura média foi o fator que exerceu maior influência nos níveis de esporos.

Palavras-chave : Aerobiologia; esporos de fungos; fatores meteorológicos; Lisboa.

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