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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Resumo

LOPES, Joana Barradas et al. Segurança do protocolo ultra-rush na imunoterapia a venenos de himenópteros: Avaliação de fatores de risco para reações adversas. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2021, vol.29, n.3, pp.167-178.  Epub 30-Set-2021. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2021.09.063.

Fundamentos:

A imunoterapia a veneno de himenópteros (VIT) é eficaz na prevenção de reações graves a picadas destes insetos. Existem diferentes protocolos, sendo os ultra-rush (UR) os mais rápidos. No entanto, permanecem dúvidas sobre a sua segurança e fatores de risco envolvidos em reações adversas (RA).

Objetivo:

Avaliar a segurança e fatores de risco para RA a VIT segundo protocolo UR.

Métodos:

Análise retrospetiva de doentes tratados com VIT segundo protocolo UR para abelha, vespa, polistes (2010-2019). Foram avaliadas a segurança e os fatores de risco para RA.

Resultados:

Incluídos 82 doentes: 77% homens, mediana de idade de 46 anos (8-76). Na fase de iniciação, RA sistémicas ocorreram em 13% dos doentes (n=11), em 91% com VIT a abelha. As RA sistémicas foram em 36% ligeiras, 64% moderadas. Em 3 destes doentes foi iniciado pré-tratamento com omalizumab, com posterior tolerância da pauta. RA locais exuberantes ocorreram em 17%. Houve associação entre VIT a abelha e ocorrência de RA sistémicas (p=0,003). Os níveis de IgE para abelha foram significativamente mais elevados no grupo dos doentes com RA sistémicas (p=0,027). Não houve associação com o género, reação inicial à picada, atopia, uso de IECA ou β-bloqueadores. Não houve diferença estatisticamente significativa com idade, IgE total, restantes IgE específicas, triptase basal ou concentração de positividade dos testes cutâneos.

Conclusão:

As RA sistémicas na iniciação foram sobretudo locais e/ou sistémicas ligeiras/moderadas, com boa resposta ao tratamento instituído. O pré-tratamento com omalizumab foi eficaz nos doentes com RA sistémicas de maior gravidade, permitindo que a dose de manutenção fosse tolerada, sem intercorrências de relevo. A VIT de abelha e níveis mais elevados de IgE específica a abelha correlacionaram-se com RA sistémicas. Na sua presença sugere-se ponderação do risco, com eventual pré-tratamento com omalizumab.

Palavras-chave : Alergia; himenópteros; imunoterapia; reações adversas; ultra-rush; venenos..

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