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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Resumo

SILVA, Maria Inês T.; SANTOS, Amélia Spínola  e  PEDRO, Elisa. Imunoterapia subcutânea com aeroalergénios num hospital central em Portugal durante a pandemia de COVID-19. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2021, vol.29, n.3, pp.197-207.  Epub 30-Set-2021. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2021.09.065.

Introdução:

A doença alérgica, rinoconjuntivite/asma brônquica alérgicas, são muito prevalentes em todo o mundo, e a terapêutica potencialmente modificadora é a imunoterapia com aerolergénios. Em dezembro de 2019 foi identificado um novo coronavírus na China (SARS-CoV-2), causando uma pandemia com efeitos devastadores. Por este motivo foi decretado o estado de emergência (EE) em Portugal pela primeira vez nesta pandemia, entre 18 de março e 2 maio de 2020 e toda a atividade não urgente foi suspensa no nosso hospital, incluindo a administração da imunoterapia subcutânea com aeroalergénios (ITSCA).

Objetivo:

Caracterizar os ajustes de dose de acordo com o atraso na administração da ITSCA, verificar a segurança da dose administrada no retomar da ITSCA e avaliar o agravamento de sintomas da doença alérgica nos doentes sob programa de ITSCA que a interromperam durante o EE.

Material e métodos:

Procedeu-se à análise dos processos clínicos de ITSCA dos 195 doentes que interromperam a dose de manutenção durante o EE. De acordo com a clínica e intervalo de atraso, foi reduzida a dose ou realizado novo esquema de iniciação, segundo o protocolo da Unidade Funcional de Imunoterapia com Alergénios adaptado de guidelines internacionais para esta fase.

Resultados:

7,7% tiveram agravamento dos sintomas alérgicos durante o período de suspensão e 6,2% recorreram a terapêutica de resgate. 96,4% diminuíram a dose na retoma da ITSCA, com diminuição maioritariamente superior à prevista à luz do nosso protocolo. Registaram-se reações locais imediatas em 9,2%, não se tendo registado reações anafiláticas. Após a retoma, 9,7% agravaram os sintomas e 5,1% recorreram a terapêutica de resgate.

Conclusões:

A pandemia trouxe muita dificuldade no acompanhamento das patologias crónicas dos doentes, inclusivamente da doença alérgica. A maioria dos doentes não reportou agravamento dos sintomas e poucos tiveram reações adversas na retoma da ITSCA, demonstrando a segurança do protocolo de ajuste de dose.

Palavras-chave : Ajuste de dose; COVID-19; imunoterapia subcutânea com aerolergénios; SARS-CoV-2; segurança..

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