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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

 ISSN 0871-9721

CUNHA, Inês Machado; MARQUES, Maria Luís    GOMES, Eva. Eritema pigmentado fixo por anti-inflamatórios não esteroides: Da fisiopatologia à abordagem diagnóstica. []. , 31, 3, pp.193-203.   30--2023. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2023.04.108.

O eritema pigmentado fixo (EPF) é uma reação de hipersensibilidade a fármacos, representando cerca de 22% das reações cutâneas descritas. Encontra-se frequentemente associado a fármacos, em particular os anti-inflamatórios não esteróides (AINE). Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões maculares violáceas ou lesões bolhosas, que surgem entre dois dias a uma semana após a exposição inicial ao fármaco, resolvem com hiperpigmentação residual e reaparecem em caso de reexposição. As lesões resultam de uma manifestação de hipersensibilidade tipo IV, caracterizada pela ativação de células T CD8 +, que têm um papel preponderante, não só no aparecimento das lesões agudas, como também na recorrência das mesmas. O diagnóstico e identificação do fármaco implicado poderá ser efetuado com recurso a meios complementares de diagnóstico in vivo ou in vitro, sendo os mais utlizados os testes epicutâneos.

Está recomendada a descontinuação imediata do fármaco e o tratamento deverá ser ajustado à apresentação clínica. No caso dos AINE deverá ser efetuada a identificação de alternativas terapêuticas seguras para utilização futura. Esta revisão tem por objetivo a atualização de conhecimentos na epidemiologia, patofisiologia, diagnóstico e abordagem terapêutica do EPF causado por AINE.

: Diagnóstico; eritema pigmentado fixo; hipersensibilidade a AINE; reatividade cruzada.

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