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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

versão impressa ISSN 0871-9721

Resumo

PIRES, João R. Nunes et al. Qualidade da prescrição de terapêutica de alívio na asma em cuidados de saúde primários. Rev Port Imunoalergologia [online]. 2023, vol.31, n.4, pp.271-279.  Epub 30-Dez-2023. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2023.12.125.

A atualização de 2020 da Global Initiative for Asthma (GINA) trouxe mudanças relativamente à gestão farmacológica dos doentes asmáticos, que perduram até à atualidade. Destaca-se a recomendação universal, em indivíduos com idade superior a 12 anos, da utilização de corticosteroide inalado (ICS) como terapêutica de controlo para uma redução do risco de agudizações, bem como a advertência para os riscos inerentes à utilização isolada de agonista beta2 de curta ação de duração (SABA) como terapêutica de alívio, sendo fortemente aconselhada a sua substituição ou associação com ICS desde os estádios mais precoces de doença. Objetivos: Avaliar a qualidade da prescrição de terapêutica de alívio na asma ligeira-moderada numa unidade de cuidados de saúde primários (CSP). Paralelamente, procedeu-se à análise demográfica dos fatores de risco e provas de função respiratória nestes doentes. Métodos: Estudo transversal descritivo que incluiu todos os utentes inscritos com seguimento na unidade de estudo, com idade igual ou superior a 12 anos, codificados com asma como problema ativo e com terapêutica inalatória de alívio prescrita nos dois anos prévios. Resultados: Foram incluídos 271 utentes depois de aplicados os critérios mencionados. A maioria não tinha ICS incluído na terapêutica de alívio (72,5%), estando 87,9% medicados apenas com SABA. Não havia registo de qualquer espirometria em 45,8% dos doentes. Os fatores de risco mais prevalentes eram a rinite alérgica, obesidade e tabagismo. Conclusões: A prescrição de terapêutica de alívio da maioria dos utentes não vai ao encontro das recomendações internacionais atuais, aumentando o risco de agudizações, hospitalizações e mortalidade associadas à asma. Também foi possível aferir a reduzida codificação de asma, a escassa avaliação e/ou reavaliação da função pulmonar com espirometria e a elevada prevalência de fatores de risco modificáveis bem conhecidos, onde a intervenção médica precoce tem um papel preponderante.

Palavras-chave : Asma; cuidados de saúde primários; função pulmonar; terapêutica.

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