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Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension

versión impresa ISSN 0872-0169

Resumen

MARQUES, Maria Guedes et al. Angioplastia guiada por eco-doppler, uma alternativa adequada para alguns doentes. Port J Nephrol Hypert [online]. 2015, vol.29, n.2, pp.146-153. ISSN 0872-0169.

Introdução e Objectivos: A angioplastia percutânea transluminal tem sido a modalidade central no tratamento do acesso vascular (AV) disfuncionante. A modalidade de imagem gold standard utilizada é a angiografia digital de subtracção. Alguns centros publicaram recentemente a sua experiência com a angioplastia guiada por eco-doppler. Material e Métodos: Os autores reportam a sua primeira experiência com a modalidade ecográfica. Um doente do sexo masculino, diabético, em programa de hemodiálise através de uma fistula braquiocefálica desde há 4 anos, foi referenciado à consulta por aumento de aneurisma, hemostase prolongada, aumento da recirculação e redução do débito do acesso (Qa) > 25% ao seu valor de base (1300 ml/min). De salientar antecedente de síndrome de roubo ligeiro, após a construção de fistula, que melhorou com o tempo. O eco-doppler foi utilizado com sucesso para avaliação inicial do acesso, caracterização das estenoses e orientação do procedimento endovascular. Resultados: Foram identificadas 3 estenoses hemodinamicamente significativas; Qa 650 ml/min; índice resistência 0.62. A selecção de um balão de 8 mm de diâmetro permitiu uma dilatação adequada das estenoses. O Qa foi avaliado em tempo real, após cada uma das dilatações, para prevenir a sobrecorrecçao. A primeira angioplastia foi realizada na estenose da crossa cefálica, o que aumentou o Qa para 802 ml/min. A dilatação da estenose do terço médio originou um Qa de 930 ml/min. Finalmente, a dilatação da estenose pós-aneurisma resultou num último Qa de 1195 ml/min, com melhoria clínica, e sem recorrência do S. roubo ou qualquer complicação associada ao procedimento. Monitorizaçao após o primeiro trimestre revelou uma fistula funcionante com débitos estáveis. Conclusão: O eco -doppler tem um papel fundamental na monitorizaçao do AV, porque é o único exame cuja decisão se baseia numa avaliação morfológica e hemodinâmica. Mais do que diagnóstica, a ecografia pode ser uma ferramenta útil e segura no tratamento das estenoses periféricas. As suas principais vantagens incluem a ausência de radiação e contraste; menores custos; e possibilidade futura de realizar procedimentos na sala de diálise. Além do mais, doentes com elevado risco de S. roubo e insuficiência cardíaca poderão beneficiar de um procedimento “controlado” através de uma avaliação em tempo real, não apenas baseada em critérios anatómicos, mas sobretudo hemodinâmicos.

Palabras clave : Acesso vascular; angioplastia; débito do acesso; eco-doppler; estenose.

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