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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417
Resumo
VENTURA, Ana et al. Sépsis neonatal tardia a streptococcus do Grupo A: um agente improvável. Nascer e Crescer [online]. 2019, vol.28, n.1, pp.26-29. ISSN 0872-0754. https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v28.i1.14558.
Sépsis neonatal tardia por Streptococcus do grupo A é uma entidade rara, com mortalidade elevada. É descrito o caso de um recém-nascido do sexo feminino, com 14 dias de vida, que recorreu ao Serviço de Urgência por recusa alimentar e hiporreatividade. Este tinha nascido às 36 semanas de gestação, tendo a gravidez, parto e período neonatal decorrido sem intercorrências. Entre os exames realizados destacam- se a contagem leucocitária de 18.100/mm3 com 81% de neutrófilos, proteína C-reativa de 13.6 mg/dL, e exame sumário de urina, exame citoquímico do líquor e radiografia torácica sem alterações. Por isolamento de Streptococcus do grupo A na hemocultura, o recém-nascido cumpriu dez dias de ampicilina. A cultura do líquor e urocultura foram negativas. Foi pesquisada a presença de antigénio de Streptococcus do grupo A na orofaringe em todos os conviventes, sendo positiva numa prima com dois anos. O Streptococcus do grupo A raramente é descrito como agente de sépsis neonatal e a sua transmissão na comunidade através de um portador deve ser considerada. Com este caso, pretende reforçar-se a importância das medidas de prevenção da infeção nos cuidados de puericultura no domicílio.
Palavras-chave : proteína M estreptocócica; sépsis neonatal; Streptococcus pyogenes.