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Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754versión On-line ISSN 2183-9417

Resumen

CARDOSO, Daniela; DUARTE, Luísa; PINTO, Vanessa Fonseca  y  CARTAXO, Teresa. Pica e perturbação de hiperatividade e défice de atenção: existe ligação? Comorbilidade e resultados do tratamento com metilfenidato. Nascer e Crescer [online]. 2021, vol.30, n.1, pp.12-17.  Epub 31-Ene-2021. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v30.i1.18910.

Introdução:

Pica é uma condição caracterizada pela ingestão persistente de substâncias não nutritivas. É comum durante a infância e pode estar associada a défices nutricionais, perturbações do desenvolvimento intelectual, stress e psicose. No entanto, na maior parte dos casos não é possível identificar uma causa orgânica e existem poucas evidências que sustentem intervenção farmacológica. Dado que vários autores descrevem a pica como uma perturbação do controlo dos impulsos e os sintomas impulsivos fazem parte dos critérios chave da perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA), o presente estudo pretende rever os dados disponíveis na literatura sobre pica, PHDA e resposta ao tratamento durante a infância e adolescência.

Métodos:

Revisão sistemática da literatura utilizando os termos chave “pica”, “défice de atenção”, “hiperatividade”, “criança” e “adolescente”. Foi também conduzida uma análise retrospetiva dos dados clínicos de dois doentes com pica e PHDA seguidos no Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital Pediátrico.

Resultados:

Existem atualmente na literatura apenas três relatos de casos de crianças com pica e PHDA. Destas, duas apresentaram remissão completa dos sintomas de pica após tratamento com metilfenidato. Os autores reportam outros dois casos de crianças com pica e PHDA observados no seu serviço hospitalar, uma das quais alcançou remissão completa dos sintomas após otimização do tratamento com psicoestimulante.

Discussão:

A associação sugerida entre pica e PHDA pode ter por base um controlo inadequado dos impulsos e disfunção do sistema dopaminérgico. Consequentemente, uma abordagem farmacológica capaz de melhorar o funcionamento dopaminérgico pode ser um tratamento alternativo para a pica. Ao produzir um aumento dos níveis cerebrais de dopamina e diminuição da impulsividade, os psicoestimulantes podem associar-se a uma melhoria dos sintomas de pica.

Palabras clave : metilfenidato; perturbação de hiperatividade e défice de atenção; pica; tratamento.

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