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Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754versión On-line ISSN 2183-9417

Resumen

JORGE, Inês Santos et al. Após o AVC em idade pediátrica, é hora de habilitar!. Nascer e Crescer [online]. 2021, vol.30, n.3, pp.152-158.  Epub 30-Sep-2021. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v30.i3.17949.

Introdução:

Embora raro, o acidente vascular cerebral (AVC) em idade pediátrica é mais comum do que se pensa. Os défices podem não ser evidentes a curto prazo mas surgir à medida que aumentam as exigências do desenvolvimento psicomotor, educacionais e sociais.

Objetivos:

Caracterizar a população pediátrica com AVC seguida na consulta de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) de um hospital terciário, comparando os resultados com os previamente publicados na literatura, e rever a literatura relativamente aos melhores cuidados de reabilitação para uma intervenção mais eficaz.

Material e Métodos:

Foi realizado um estudo retrospetivo de doentes com AVC seguidos em consulta de MFR Pediátrica, à data da primeira observação, ao longo de um período de 12 meses. Foram analisadas as variáveis género, idade, tipo de AVC, território vascular, fatores de risco, funcionalidade, recorrência do evento e mortalidade. Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica no PubMed e Medline utilizando as palavras-chave ‘stroke’, ‘pediatric’, ‘perinatal’, ‘neuroplasticity’, ‘functionality’ e ‘rehabilitation’. Os critérios de inclusão compreenderam meta-análises, revisões sistemáticas e revisões, escritas em português e inglês, focando estudos em humanos.

Resultados:

O estudo incluiu 42 doentes, 25 dos quais do sexo masculino (60%). Foram registados 33 casos de AVC perinatal (13 no período pré-natal e 20 até aos 28 dias de vida). Foram registados 35 casos (83%) de AVC isquémico, sendo a artéria cerebral média o território vascular mais afetado em 29 (69%) deles. Cinquenta por cento dos doentes tinham fatores de risco conhecidos, 21% dos quais prematuridade. Cinquenta a 75% dos doentes apresentavam altos níveis de funcionalidade. Não foram registadas recorrências de AVC ou mortes.

Os cuidados de reabilitação devem ser implementados o mais rapidamente possível. São necessárias orientações baseadas em evidência, ainda em falta para esta população.

Conclusões:

Embora incomum em idade pediátrica, o AVC é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade. O diagnóstico é desafiante, pois os sintomas habitualmente são subtis e mimetizam outras doenças mais frequentes nesta faixa etária. A referenciação atempada para o médico fisiatra possibilita a integração da criança num programa de reabilitação, com otimização da neuroplasticidade e máxima participação em todas as atividades.

Palabras clave : AVC; funcionalidade; neuroplasticidade; pediátrico; perinatal; reabilitação.

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