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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417

Resumo

MONTEIRO, Sara et al. Hospitalizações pediátricas por infeção por SARS-CoV-2 com envolvimento respiratório. Nascer e Crescer [online]. 2022, vol.31, n.3, pp.234-240.  Epub 30-Set-2022. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v31.i3.28014.

Introdução:

A infeção por SARS-CoV-2 apresenta diversas manifestações clínicas em idade pediátrica. Alguns doentes necessitam de internamento e a evidência científica é escassa quanto à sua melhor abordagem.

Objetivo:

Caracterizar os internamentos por infeção respiratória por SARS-CoV-2 em idade pediátrica num centro terciário.

Material e métodos:

Estudo observacional retrospetivo de internamentos por infeção respiratória por SARS-CoV-2 num hospital terciário entre março de 2020 e abril de 2022. Os critérios de inclusão compreenderam doentes com COVID-19 em idade pediátrica (0-17 anos) internados, com um tempo de internamento >24 horas e código de infeção respiratória da International Classification of Diseases. Os dados foram recolhidos por consulta dos processos clínicos eletrónicos dos doentes.

Resultados:

Foram incluídos 32 doentes (53% dos quais do sexo feminino), maioritariamente no outono-inverno (n=21, 66%) e com um tempo de internamento médio de 7 dias. A mediana de idades foi de 18 meses (variação interquartil 4-135 meses) e os doentes apresentaram-se com uma média de 4 dias de doença. Os principais sintomas foram febre (n=31, 97%) e tosse (n=25, 78%). Doentes com comorbilidades (44%) apresentaram o maior tempo de internamento (média de 10 dias). A maioria (n=29, 91%) tinha efetuado hemograma e avaliação bioquímica e 25% apresentou coinfeção vírica. Foi realizada radiografia torácica na maioria dos casos (n=29, 91%) e tomografia computadorizada em 9%. Foi utilizada oxigenoterapia de baixo fluxo em 50% dos doentes e cânula nasal de alto fluxo (CNAF) em 13%. Um doente necessitou de cuidados intensivos. Foram reportados sintomas de COVID longa em 25% dos doentes.

Conclusão:

Em dois anos de pandemia, apenas 32 doentes necessitaram de internamento. A maioria recebeu oxigenoterapia, com boa evolução clínica. A CNAF demonstrou ser segura e deve ser considerada na abordagem a estes doentes. Doentes com comorbilidades parecem ter doença mais grave e prolongada.

Palavras-chave : criança; COVID-19; infeção do trato respiratório.

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