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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417

Resumo

MOREIRA, Mafalda; SOUSA, Patrícia; CATARINO, Sara  e  AZEVEDO, Inês. Infeção por SARS-CoV-2 em crianças com fibrose quística: Experiência de um centro de referência português. Nascer e Crescer [online]. 2022, vol.31, n.3, pp.241-246.  Epub 30-Set-2022. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v31.i3.27540.

Introdução:

Dado que os vírus são frequentemente responsáveis por exacerbações respiratórias e aumento da morbimortalidade em doentes com fibrose quística (FQ), seria expetável que a infeção por SARS-CoV-2 tivesse um impacto significativo na condição respiratória destes doentes, sobretudo nos de risco elevado. Atualmente, o conhecimento acerca da evolução clínica da COVID-19 em crianças com FQ é escasso.

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência, apresentação clínica e evolução da COVID-19 em doentes pediátricos com FQ.

Materiais e Métodos:

Este foi um estudo retrospetivo de crianças com FQ e infeção por SARS-CoV-2 seguidas num centro de referência português entre março de 2020 e março de 2022.

Resultados:

Doze de 30 crianças com FQ foram infetadas por SARS-CoV-2 (40%), num total de 13 episódios. A mediana de idades foi de 10.5 anos e 33% eram rapazes. A maioria dos casos (69%) ocorreu entre janeiro e março de 2022, durante a predominância da variante Omicron. A taxa de infeção foi superior em crianças com vacinação incompleta. Nenhum dos doentes com fatores de risco adicionais foi infetado. Noventa e dois por cento das crianças apresentaram doença ligeira e um adolescente com baixo índice de massa corporal foi hospitalizado por pneumonia. Nenhum necessitou de oxigenoterapia ou internamento em Unidade de Cuidados Intensivos. A mortalidade foi nula. Oitenta e três porcento dos doentes apresentou recuperação completa após dois meses de seguimento.

Discussão:

Neste primeiro estudo nacional de crianças com FQ e COVID-19, a maioria apresentou doença ligeira e pode ser adequadamente seguida em ambulatório.

Conclusão:

Este estudo está de acordo com os poucos dados disponíveis na literatura e contribui para aumentar o conhecimento da infeção por SARS-CoV-2 em crianças com FQ. Essa informação permitirá uma melhor orientação destes doentes por parte das famílias e equipas clínicas que os seguem.

Palavras-chave : criança; coronavírus; COVID-19; fibrose quística; SARS-CoV-2.

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