SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.32 número2Referenciação à consulta de Imunoalergologia em idade pediátrica de um hospital universitárioInfeções do trato urinário em crianças: Avaliação do perfil de sensibilidade aos antibióticos índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Nascer e Crescer

versión impresa ISSN 0872-0754versión On-line ISSN 2183-9417

Resumen

ALMEIDA, Ricardo Liz et al. Retinopatia da prematuridade: Resultados de 8 anos de uma unidade de cuidados intensivos neonatais portuguesa. Nascer e Crescer [online]. 2023, vol.32, n.2, pp.82-88.  Epub 30-Jun-2023. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v32.i2.25870.

Introdução:

A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença vasoproliferativa que ocorre na retina do recém-nascido prematuro, sendo uma importante e prevenível causa de baixa acuidade visual na infância. O objetivo deste estudo foi investigar a incidência desta patologia numa amostra de RN prematuros com critérios para observação oftalmológica, bem como a sua associação a determinados fatores de risco.

Métodos:

Estudo retrospetivo de rastreios realizados numa unidade de cuidados intensivos neonatais portuguesa a recém-nascidos com critérios para rastreio de ROP entre janeiro de 2011 e dezembro de 2018.

Resultados:

Trezentos e trinta e cinco recém-nascidos apresentaram critérios para rastreio de ROP. A incidência de ROP e ROP grave foi 9,0% e 1,8%, respetivamente. Nenhum recém-nascido com idade gestacional > 30 semanas ou peso à nascença > 1500 g desenvolveu ROP. Certas comorbilidades, como síndrome de dificuldade respiratória ou hemorragia peri-intraventricular, foram significativamente associadas ao desenvolvimento desta patologia. A idade gestacional, peso à nascença, terapia com oxigénio suplementar e administração de surfactante foram preditores independentes do desenvolvimento de ROP.

Discussão:

Comparativamente a países vizinhos com índices de desenvolvimento humano semelhantes, a incidência de ROP neste estudo foi relativamente baixa. A implementação das orientações da American Academy of Pediatrics/American Academy of Ophtalmology reduziria potencialmente o número de RN rastreados e não deixaria casos de ROP por diagnosticar.

Conclusão:

É importante que o clínico tenha em conta os fatores de risco significativos para esta patologia quando aborda um recém-nascido prematuro. A alteração das atuais recomendações de rastreio poderia ser útil e custo-efetiva e poupar o recém-nascido a stress associado exames oftalmológicos desnecessários.

Palabras clave : cuidados intensivos neonatais; fatores de risco; Portugal; rastreio; retinopatia da prematuridade.

        · resumen en Inglés     · texto en Inglés     · Inglés ( pdf )