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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

AZEVEDO, Inês Alexandra et al. Childhood neglect: Another perspective on childhood obesity. []. , 32, 4, pp.310-313.   31--2023. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v32.i4.26514.

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Childhood obesity is a multifactorial condition. Extreme cases are often associated with the inability of caregivers to follow the recommended diet plan, despite prior warnings of the potential risks associated of non-compliance.

A seven-year-old girl with a body mass index (BMI) of 38.6 kg/m2 (z-score +7.3) and multiple comorbidities was seen in a Pediatric Nutrition outpatient consultation. After several attempts to educate her guardians about the potential risks of obesity, the girl was referred for a multidisciplinary evaluation and placed in a children’s home. With adequate nutrition and regular exercise, significant improvements were achieved in BMI (23.5 kg/m2; z-score +2.06). After three years, the girl was returned to her family home by court order, with subsequent worsening of her BMI (maximum 40.7 kg/m2; z-score +4.07), despite information provided by the medical team to social services and the court.

Given that caregivers play an essential role in the prevention of childhood obesity, persistent refusal to follow therapeutic recommendations coupled with indifference in the face of red flags meets the criteria for abuse.

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A obesidade infantil é uma condição multifatorial. Casos extremos estão frequentemente associados à incapacidade de os cuidadores aderirem ao plano alimentar recomendado, apesar de alertados para os riscos potenciais associados ao seu não cumprimento.

Uma criança de sete anos de idade do sexo feminino, com índice de massa corporal (IMC) de 38,6 Kg/m2 (z-score +7,3) e diversas comorbilidades, foi seguida em consulta de Nutrição Pediátrica. Após várias tentativas de sensibilização da família dos potenciais riscos associados à obesidade, foi decidido em reunião multidisciplinar colocar a criança num centro de acolhimento. Com recurso a alimentação adequada e prática regular de exercício físico, foi observada uma melhoria notória do IMC (23,5 kg/m2; z-score +2,06). Após três anos, a rapariga regressou a casa da família por decisão do tribunal, com subsequente agravamento do IMC (máximo de 40,7 kg/m2; z-score +4,07), apesar da informação transmitida pela equipa médica ao serviço social e ao tribunal.

Os cuidadores desempenham um papel essencial na prevenção da obesidade infantil. A recusa persistente no cumprimento de recomendações terapêuticas, juntamente com indiferença perante sinais de gravidade, preenchem critérios de maus tratos.

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