SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.27 número1Etiologia, Tratamento e Prognóstico da Pericardite AgudaTétano: Ainda uma Ameaça: Relato de Caso Clínico índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Medicina Interna

versão impressa ISSN 0872-671X

Resumo

MARTINS, Olímpia  e  GONCALVES, José Ferraz. Cetamina em Cuidados Paliativos Oncológicos: Um Desafio Experiência de um ServiçoKetamine in Context of Oncologic Palliative Care: A Challenge Experience of a Palliative Care Service. Medicina Interna [online]. 2020, vol.27, n.1, pp.25-29. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/O/280/19/1/2020.

Introdução: A cetamina é um fármaco anestésico dissociativo com propriedades analgésicas e anti-depressivas em doses sub-anestésicas. Pode ter um impacto significativo como adjuvante analgésico na dor não controlada com opióides. O objectivo deste estudo foi analisar o uso da cetamina em contexto paliativo oncológico. Material e Métodos: Estudo retrospectivo incluindo doentes internados num serviço de Cuidados Paliativos sob terapêutica com cetamina, durante 30 meses. Resultados/Discussão: Analisados 20 doentes, com mediana de idades de 54,5 anos. A cetamina foi usada como adjuvante analgésico em 18, e em 2 no tratamento da depressão. Dos 18, todos referiam dor máxima (10) e 22% apresentava sinais de toxicidade opióide; 73% apresentava dor mista. Foram tratados com a dose mediana de opióide equivalente a 422,5 mg/dia de morfina oral. A dose mediana de cetamina foi 80 mg/dia, intravenosa ou subcutânea contínua, em 90% dos doentes. Verificou-se alívio da dor em 70%, em média ao fim de 4,8 dias. A dose de opióide diminuiu em 12% dos doentes e o número de doses de resgate em 53%. Todos receberam neurolépticos, com ou sem benzodiazepinas. Os efeitos psicomiméticos num doente obrigaram à sua suspensão. Os doentes com depressão apresentaram melhoria do humor como resposta principal à cetamina. Conclusão: Os resultados do estudo sugerem eficácia da cetamina em doses sub-anestésicas no controlo da dor oncológica refractária, parecendo uma opção terapêutica promissora em doentes com dor oncológica de difícil controlo. Sendo, no entanto, a evidência científica insuficiente, é necessária mais investigação para definir o papel da cetamina em Cuidados Paliativos.

Palavras-chave : Cetamina; Cuidados Paliativos; Gestão da Dor.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons