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Medicina Interna

versão impressa ISSN 0872-671X

Resumo

RAMALHEIRA, Carlos Pinhão et al. Tendências Seculares na Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares em Portugal: 1902-2012. Medicina Interna [online]. 2020, vol.27, n.2, pp.32-37. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/O/271/19/2/2020.

Introdução: As doenças cerebrovasculares (DCV) são uma dasprincipais causas de morte em Portugal. O estudo da história epidemiológica deste fenómeno contribui para a sua compreensão e ajuda a orientar estratégias de intervenção. Objetivos: (1) Descrever tendências históricas na mortalidade. (2) Estimar o impacto das variações demográficas no número de casos registado. Métodos: (1) Calculámos taxas, específicas e padronizadas, para as mortes registadas como resultantes de DCV (CID-10: I60-I69, G45; ICD-8/9: 430-438; ICD-6/7: 330-334) por sexo (1902-2012) e por sexo e grupos etários (1913- 2012). Utilizámos Joinpoint-analysis para identificar variações estatisticamente significativas na tendência temporal e modelos multivariados de regressão, Poisson e binomial negativo, controlando dinâmicas demográficas e tendências temporais, constrangidos à população exposta, de 1913 a 2012. (2) Aferimos o peso relativo de variações demográficas recorrendo à aplicação RiskDiff. (3) Avaliámos se as interrupções na continuidade das séries definidas por alterações nos critérios de codificação da causa de morte podem ter constituído factores confundentes. Fontes dos dados: Instituto Nacional de Estatística. Resultados: (1) Elencámos a mais longa e discriminada série de mortalidade por DCV em Portugal com dados desde que há registo com abrangência nacional. A mortalidade aumenta exponencialmente com a idade e é superior nos homens.  (2) Observámos variações significativas na direcção e amplitude da tendência temporal das taxas padronizadas (1913-1933: APC 2,0%; 1933-1955: APC -0,9%; 1955-1974: 2,9%; 1974-1996: -2,4%; 1996-2012: -6,5%). (3) O envelhecimento demográfico exerceu uma pressão significativa para o aumento no número de casos particularmente na segunda metade do século XX. No entanto este efeito foi neutralizado por factores protectores. Conclusão: Em Portugal a DCV é particularmente expressiva quando comparada com outros países da Europa embora se tenham observado ganhos significativos nas últimas décadas. O envelhecimento demográfico combinado com uma eventual transição relativa entre as dimensões morbil e de mortalidade proporcionaram uma mudança no paradigma de saúde pública.

Palavras-chave : Doenças Cerebrovasculares/mortalidade; Portugal.

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