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Medicina Interna

Print version ISSN 0872-671X

Abstract

FERREIRA, Mafalda et al. Febre de Origem Indeterminada num Hospital Terciário Português: Um Estudo de Coorte. Medicina Interna [online]. 2022, vol.29, n.2, pp.58-64.  Epub Sep 01, 2022. ISSN 0872-671X.  https://doi.org/10.24950/rspmi.650.

Introdução:

A febre de origem indeterminada (FOI) man­tém-se um verdadeiro desafio diagnóstico apesar dos avanços no campo da medicina. Podem estar na sua origem diversas patologias com prognósticos muito diferentes. Uma reavaliação sobre o tema é essencial considerando as mudanças no curso de várias doenças, assim como a alteração da sua frequência. Este estudo tem por objectivo avaliar a abordagem diagnóstica e etiologias mais frequentes.

Métodos:

Estudo retrospectivo de doentes admitidos num Serviço de Medicina Interna, de um hospital público terciário, durante 2 anos (2016-2017) que à admissão preenchiam os critérios de FOI.

Resultados:

Foram identificados 55 casos de FUO à admissão (0,6% do total de admissões). As infecções foram a causa mais frequente (n = 23; 41,8%) seguida das doenças inflamatórias não infeciosas (n = 12; 21,8%), neoplasias (n = 8; 14,5%) e outras (n = 3; 5,5%). No entanto, em 9 casos o diagnóstico manteve-se desconhecido (16,4%). A doença mais prevalente foi a febre Q, seguida da endocardite bacteriana e abcessos em várias localizações. Foram realizados estudos microbiológicos de urina e sangue em todos os doentes, enquan­to os testes serológicos apresentaram uma maior variabilidade. Salienta-se o uso da 18F-fluorodesoxyglucose positron emission tomography (18F-FDG-PET) em 11 (20,0%).

Conclusão:

As etiologias mais frequentes neste estudo assemelham-se a outros estudos internacionais publicados, apesar da menor amostra. A patologia infecciosa foi a causa mais frequente identificada. Apesar de um número ainda significante de casos sem diagnóstico, estes apresentaram bom prognóstico.

Keywords : Febre de Origem Indeterminada/diagnós­tico; Febre de Origem Indeterminada/etiologia..

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