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Jornal Português de Gastrenterologia

Print version ISSN 0872-8178

Abstract

ROSA, I. et al. Importância e caracterização do carcinoma gástrico em famílias com diagnóstico ou suspeita de síndroma de lynch. J Port Gastrenterol. [online]. 2008, vol.15, n.2, pp.56-62. ISSN 0872-8178.

Introdução: A Síndroma de Lynch (SL) confere um risco elevado para carcinoma do cólon e recto, mas também para outros tumores. Não é consensual se o carcinoma gástrico (CG) deve ser incluído no seu espectro, sobretudo em países com incidência elevada para esta neoplasia. Objectivos: Em famílias com diagnóstico ou suspeita de SL e na presença de CG, caracterizar estes tumores e comparálos com um grupo de CG esporádicos. Métodos: Foram incluídos 25 doentes pertencentes a 20 famílias com diagnóstico ou suspeita de SL, nos quais se obteve confirmação histológica do CG. As famílias cumpriam: Critérios de Amesterdão (n=12); Critérios de Bethesda (n=2) ou Critérios de Amesterdão apenas se considerado o CG (SL atípica; n=6). No grupo dos esporádicos, incluíram-se 58 doentes consecutivos com CG. Analisaram-se: sexo, idade de diagnóstico, localização, tipo histológico, grau de diferenciação, estádio e tratamento cirúrgico do CG. No grupo com SL, efectuou-se análise mutacional para os genes MLH1 e MSH2 por DGGE/MLPA e sequenciação directa. Resultados: Os doentes com CG em SL eram mais jovens, tendo os CG sido mais frequentemente detectados em fase precoce e submetidos a cirurgia de intenção curativa (p=0,045). O carcinoma mucocelular foi mais frequente nos CG esporádicos e o mucinoso nos associados à SL (p=0,014). O diagnóstico genético foi inconclusivo em todas as famílias com SL atípica testadas e positivo em 73% das famílias com SL clássica (p=0,02). Registaram-se mais frequentemente outros tumores do espectro nos doentes com CG pertencentes a famílias com mutação identificada (p=0,002) e nenhum ocorreu nos casos de SL atípica (p=0,009). Conclusões: Um subgrupo de doentes com CG pertencentes a famílias com SL apresentou características que favorecem, de forma significativa, a inclusão desta neoplasia no seu espectro tumoral. Nas famílias com SL atípica, a presença de CG não parece contribuir para a confirmação do diagnóstico desta entidade. Seria útil identificar marcadores que indicassem quais os CG que com maior probabilidade pertencerão ao espectro tumoral da SL.

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