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Revista Portuguesa de Pneumologia

versão impressa ISSN 0873-2159

Resumo

MARTINS, Catarina Teles et al. Tromboembolismo pulmonar e asma de difícil controlo . Rev Port Pneumol [online]. 2007, vol.13, n.6, pp.775-787. ISSN 0873-2159.

O controlo da asma é um factor crucial na abordagem do doente: a mais recente actualização do GINA considera que uma "asma difícil de tratar" é uma asma para investigar. O não cumprimento da terapêutica, a DPOC concomitante, o tabagismo, a rinossinusite, o refluxo gastroesofágico e a obesidade são considerados os principais motivadores da asma difícil de controlar. O presente trabalho teve por objectivo avaliar o papel do tromboembolismo pulmonar (TEP) na asma grave de difícil controlo. Foram revistos os processos clínicos de doentes asmáticos da consulta de Alergologia Respiratória do nosso Serviço, entre 2004 e 2006, com asma "persistente grave" de acordo com o GINA 2005. Foram seleccionados os que, apesar de terapêutica optimizada, apresentavam asma "não controlada" (GINA 2006) e analisadas as suas causas. Dos 254 doentes estudados, 28 (11%) preenchiam os critérios de "asma persistente grave" (idade média 44±18 anos; 86% sexo feminino); destes, 57% (n=16) tinham doença "não controlada" - 35% (n=6) por má adesão à terapêutica; 29% (n=5) por TEP (confirmado gamagraficamente); 12% (n=2) por rinossinusite grave; 6% (n=1) por síndroma hipereosinofílica; 6% (n=1) por contacto mantido com alérgenos e 6% (n=1) em estudo. Os doentes com TEP (idade média 56±9 anos; 80% sexo feminino; 80% raça branca) tiveram o diagnóstico de asma na idade adulta (média 37 anos), tendo decorrido cerca de 18 anos até ao diagnóstico de TEP. A análise dos factores predisponentes para TEP revelou: insuficiência venosa periférica (40%), HTA (40%) e deficiência de proteína C e S funcionais (20%). Todos os doentes efectuaram terapêutica anticoagulante (80% ainda mantém), referindo-se que, após o início da anticoagulação, 40% dos doentes alcançaram o controlo da doença e 40% têm, actualmente, asma "parcialmente controlada", não se tendo verificado novos internamentos por agudização da doença. Os resultados do presente trabalho apoiam a inclusão do TEP no grupo de comorbilidades possivelmente responsáveis pelo mau controlo da asma.

Palavras-chave : Tromboembolismo pulmonar; asma grave; asma não controlada.

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