Introdução:

As escolhas alimentares das pessoas são da maior importância para regulamentar os mercados e a cadeia alimentar com vista à meta global de sustentabilidade.

Objetivos:

O objetivo deste trabalho foi avaliar em que medida alguns aspetos ligados à sustentabilidade na cadeia alimentar influenciam as escolhas alimentares das pessoas, especificamente nos domínios de embalagem, excedentes, transporte e bem-estar humano ou animal.

Métodos:

Trata-se de um estudo transversal envolvendo 3183 pessoas de Portugal, Itália, Lituânia e Roménia, que participaram neste estudo por questionário entre janeiro e junho de 2018.

Resultados:

As pessoas tendem a condicionar as suas escolhas alimentares com vista a contribuir para uma cadeia alimentar mais sustentável, com respeito pelo meio ambiente, pelos seres humanos e pelos animais. As áreas em que esse comportamento é mais forte incluem evitar o desperdício de alimentos em casa (80% dos participantes), preferência por alimentos locais (60%), cultivo sustentável, preparação ou embalagem de alimentos (66%). O respeito pelos direitos dos animais é muito importante para 62% dos participantes, mas o respeito pelos direitos humanos é uma preocupação de apenas 32%. Os resultados dos testes estatísticos indicaram que a idade, a educação, o país, a área profissional e o tipo de dieta influenciaram significativamente as escolhas das pessoas em relação à sustentabilidade da cadeia alimentar.

Conclusões:

Embora os resultados sejam indicativos de que as pessoas começam a condicionar os seus comportamentos alimentares também de acordo com questões de sustentabilidade, também é verdade que ainda há trabalho a ser feito, uma vez que a adoção dessas escolhas sustentáveis ainda é limitada.

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