Introdução:

As doenças cérebro-cardiovasculares e oncológicas são responsáveis pela maioria das causas de morte em Portugal. Os profissionais de saúde, através de cuidados que visam manter ou melhorar a saúde individual e coletiva, atuam para a deteção precoce de problemas, perspetivando melhor qualidade de vida das pessoas e populações.

Objetivo:

Avaliar a adesão de uma comunidade aos cuidados preventivos em saúde.

Método:

Quantitativo descritivo observacional. A recolha de dados decorreu durante o mês de novembro de 2019. Amostra constituída por 567 sujeitos, com idade ≥ 15 anos, não probabilística, num município do Norte de Portugal. Recolha de dados pelo IV Inquérito Nacional de Saúde do Instituto Nacional de Saúde (Secção 7).

Resultados:

Amostra maioritariamente feminina (54.9%), idade entre 25-64 anos (61.6%), com médico de família (97.9%) que tiveram consulta no último ano (67.7%). No grupo etário ≥65 anos, 57.3% vacinaram-se contra a gripe, em 2019. A taxa de adesão à avaliação da Tensão Arterial e do colesterol foi de 96.1% e 92.9%, respetivamente, da glicemia 85.6%. No rastreio de doenças oncológicas, a maior adesão verificou-se na citologia cérvico-vaginal (82.8%) e menor adesão para colonoscopia (55.9%). O motivo para realização destes rastreios foi, essencialmente, rotina.

Conclusão:

Este estudo permitiu um maior conhecimento de uma população quanto à adesão a vacinação e rastreios, constatando-se boas taxas de adesão, e refletindo a intervenção dos profissionais de saúde. Observa-se, no entanto, necessidade de ensinar/demonstrar a técnica de auto-colheita de fezes, sobretudo nas pessoas com menor nível de escolaridade, e informar homens sobre vantagens do exame prostático.

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