Introdução:

A qualidade de vida relacionada com a saúde oral é multidimensional e traduz o impacto da saúde oral no bem-estar funcional, social e psicológico. Os comportamentos de saúde oral têm tradução ao longo do ciclo vital e podem afetar a qualidade de vida.

Objetivo:

Avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde oral em estudantes do ensino superior; inferir da relação entre as variáveis sociodemográficas e comportamentais e o nível de qualidade de vida relacionada com a saúde oral autoreferido.

Métodos:

Estudo transversal, quantitativo, descritivo e correlacional em 430 estudantes do ensino superior da região norte de Portugal. Predomínio de indivíduos do sexo feminino (n=342; 79.5%) e com idades entre os 18 e os 22 anos (n=297; 69.1%). Aplicado um questionário online constituído por variáveis sociodemográficas e comportamentais e pela versão breve do Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Utilizaram-se testes não paramétricos com intervalo de confiança de 95%.

Resultados:

A maioria dos estudantes escova os dentes e a boca duas ou mais vezes por dia (n=367; 85.4%) e tem patologia da cavidade oral (n=306; 71.1%). 50.2% (n=216) têm zonas edêntulas e 42.3% (n=188) frequentam consultas com profissionais de SO apenas quando é necessário. O score médio do OHIP-14 foi de 6.142 (±9.137). Há associação estatisticamente significativa entre as variáveis comportamentais e o score total do OHIP-14.

Conclusão:

A pontuação média do OHIP-14 traduz ausência de impacto da saúde oral na qualidade de vida da amostra. Os comportamentos de saúde oral influenciam a qualidade de vida relacionada com a saúde oral.

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