SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número59Ensino superior, trabalho e emprego na actual sociedade de risco: um olhar sobre o caso de mestres e doutores índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Sociologia, Problemas e Práticas

versão impressa ISSN 0873-6529

Resumo

MOURY, Catherine. Governo de coligação e mandatos partidários: explicando a margem de manobra ministerial vis-à-vis aos acordos de coligação. Sociologia, Problemas e Práticas [online]. 2009, n.59, pp.125-156. ISSN 0873-6529.

Neste artigo, analiso a relação entre os partidos e o governo, procurando perceber a extensão da vinculação dos ministros a acordos de coligação. Primeiro observo que considerar os acordos de coligação como um contrato escrito entre partidos em proveito do governo com intuito de evitar “perdas agenciais” é uma banalização. Na maioria dos casos, os principais ministros participam nas negociações, a par, ou enquanto líderes de partido. Observo também que o governo cumpre em larga medida os acordos de coligação na Bélgica e na Holanda. Em Itália também, embora com menor expressão, sendo de mencionar que neste país a redacção dos acordos de coligação se faz antes das eleições. Não é de menosprezar, em caso de cumprimento do acordo de coligação por parte dos ministros, que esta será encadeada se os mesmos participarem activamente na sua redacção. A transferência do programa revela apenas uma parte do vínculo dos ministros ao acordo de coligação: é igualmente significativo medir a proporção da decisão ministerial com base nos acordos de coligação. Os resultados obtidos a partir dessa análise esclarecem uma vez mais a importância dos acordos de coligação, para os ministros e atendo ao facto de um terço (até dois terços) das contas públicas e propostas governamentais derivarem de acordos de coligação. Deparamo-nos com variações muito mais acentuadas nesta segunda dimensão, assim como as variáveis cruciais que explicam a maior proporção de decisões com base em acordos se deve à ausência de líderes de partido no governo. Deste modo, os resultados sugerem que os líderes partidários revelam maior tendência a não adoptar iniciativas ministeriais com base em acordos, quando são eles próprios ministros.

Palavras-chave : governo de partidos; coligação; Bélgica; Itália; Holanda; Fuzzy sets.

        · resumo em Inglês | Francês | Espanhol     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons