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Etnográfica

versão impressa ISSN 0873-6561

Resumo

MATOS, Patrícia Alves de. Mercantilização do genéro e precariedade no sector português dos call-centers: a (re)produção da desigualdade. Etnográfica [online]. 2014, vol.18, n.1, pp.5-32. ISSN 0873-6561.

No contexto do regime de criação de valor no sector português dos centros de atendimento telefónico, analisa-se o género como mercadoria, tendo em conta o modo como os produtos de trabalho “genderizados” (gendered) estão imbricados em idiomas locais (históricos) de género e em transformações socioeconómicas de cunho neoliberal, associadas à recente reconfiguração das classes sociais e do emprego no contexto da economia europeia (precariedade). Apesar da circulação de alguns estudos académicos - e ensaios publicados por ativistas em revistas eletrónicas - sobre genéro e trabalho precário, é escassa a análise empírica e articulação teórica entre regimes laborais imateriais de criação de valor, precariedade e relações de género. Esta omissão na literatura científica disponível contribui para a aceitação implícita da imaterialidade e da precariedade enquanto esferas neutras no que diz respeito ao género. Pretende-se demonstrar como tal pressuposto pode conduzir a uma compreensão equívoca das especificidades contextuais da constituição de subjetividades relacionadas com o género e de desigualdades produzidas por discursos e práticas cujos fundamentos radicam na ideologia neoliberal.

Palavras-chave : centros de atendimento telefónico; imaterialidade; género; precariedade; Portugal; masculinidade valorizada; hegemónica.

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