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Revista de Enfermagem Referência
versão impressa ISSN 0874-0283
Resumo
MARTINS, Cristina Araújo; ABREU, Wilson Jorge Correia Pinto de e FIGUEIREDO, Maria do Céu Aguiar Barbieri de. Tornar-se pai e mãe: um papel socialmente construído. Rev. Enf. Ref. [online]. 2014, vol.serIV, n.2, pp.121-131. ISSN 0874-0283. https://doi.org/10.12707/RIII1394.
Enquadramento: Criar uma criança é um desafio de grande responsabilidade pela complexidade de competências e saberes necessários, e exige profundas alterações nos papéis sociais do casal, acompanhadas de necessidades de redefinição/reorganização dos projetos de vida, com padrões de prestação de cuidados que podem influenciar a futura interação pais-criança. Objetivo: Compreender como se desenvolve a transição para o exercício da parentalidade durante os primeiros seis meses de vida da criança. Metodologia: Grounded Theory com a participação de cinco casais. Recolha de dados a partir de entrevistas semiestruturadas. Resultados: Descrevem a categoria encarnando a personagem pai ou mãe, constituída pelas subcategorias: assumindo cuidados no masculino ou feminino, descrevendo-se como pai, descrevendo-se como mãe, vendo a esposa como mãe e vendo o marido como pai. Conclusão: Os pais são levados a uma polarização de papéis de género que define e constrói o significado de ser um bom pai/boa mãe, marido/esposa e homem/mulher. A compreensão destas experiências parentais é fundamental para os enfermeiros poderem apoiar os pais nesta transição.
Palavras-chave : pais; comportamento paterno; comportamento materno; enfermagem.