10 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Psicologia, Saúde & Doenças

 ISSN 1645-0086

COSTA, Sílvia    GUERRA, Marina Prista. O luto no transplantado cardíaco. []. , 10, 1, pp.49-55. ISSN 1645-0086.

^lpt^aOs autores reenquadram o procedimento de Transplante Cardíaco (T.C.) enquanto processo desafiante do ponto de vista biopsicossocial e não meramente como um acontecimento disruptivo. Neste sentido, são realçadas as sucessivas perdas e ajustamentos emocionais que vão emergindo. Desde o confronto com o diagnóstico da cardiopatia terminal, ao sofrimento incapacitante e iminência de morte devido à insuficiência cardíaca severa, passando pela perspectiva “salvadora” mas ambivalente do T.C. e subsequente exigência bio-psicológica das fases pós-operatória e pós-alta hospitalar, o paciente depara-se com um balanço precário entre a esperança e a perda. Destacam-se ainda a particularidade e exigência do processo de Luto na pessoa transplantada cardíaca devido à forte representação cognitiva e simbólica do coração e dado tratar-se de um transplante de dador cadáver. Por último, realça-se a possível e desejada elaboração do processo de Luto como um todo, culminando esta travessia existencial num significado realizador para a Pessoa.^len^aThe authors seek to analyse the Heart Transplant procedure (H.T.) as a challenging process from the biopsychosocial point of view, and not merely as a disruptive life event. In this analysis, the emerging emotional adjustments and ensuing losses of the patient will be considered. An uneven balance between hope and loss takes over the patient’s life; the diagnosis of a terminal cardiomyopathy, with the incapacitating suffering and feeling of imminent death which derive from severe heart failure, the ambivalent perspective of the transplantation procedure and the highly demanding biological and psychological post H.T. and post hospital discharge periods. The demanding and unique nature of the grieving process experienced by the transplant recipient will also be covered, given the strong cognitive and symbolic role of the heart, and the fact that the graft is provided by a cadaver donor. Finally, attention will be given to the grieving process as a whole experience, culminating in a fulfilling existential journey for the Person.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )