Objetivos:

Investigar a dor associada ao tratamento odontológico em pacientes com Doença de Parkinson.

Métodos:

Foi utilizada amostra de 70 pacientes com Doença de Parkinson, submetidos a 217 procedimentos odontológicos do tipo invasivo. Informações sobre sexo, idade e procedimento odontológico foram recolhidos dos ficheiros clínicos existentes. A intensidade de dor de cada procedimento foi verificada por meio de Escala Numérica de Dor com valores de 0 a 10.

Categorias de intensidade de dor também foram definidas. Para análise, a dor foi considerada de duas formas: dor do procedimento e dor média do paciente. A dor média do paciente foi a média de dor dos procedimentos aos quais o paciente foi submetido. Associações entre dor e sexo, idade e tipo de procedimento foram testadas através do teste Qui-quadrado.

Resultados:

Para a dor do procedimento foi encontrada média de 0,8 e a categoria dor ausente foi a mais frequente (68,7%); para o parâmetro dor média do paciente, a média foi 0,9 e a categoria dor leve foi a mais frequente (52,9%). Maior nível de dor foi relatado com maior frequência entre aqueles submetidos a anestesia e a exodontia, de forma estatisticamente significativa. Os pacientes do sexo feminino também relataram nível mais alto de dor com maior frequência, mas sem alcançar significância estatística.

Conclusões:

Os tratamentos odontológicos realizados nos pacientes com Doença de Parkinson foram, em sua maioria, indolores ou de dor leve e a intensidade de dor esteve associada ao tipo de procedimento odontológico.

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