Objetivos:

Avaliar a influência do tratamento de superfície e de sistemas adesivos na resistência adesiva e tipo de falha de brackets metálicos cimentados a superfícies de polimetilmetacrilato.

Métodos:

90 brackets metálicos (n=15) foram cimentados a discos de polimetilmetacrilato SR Ivocron envelhecidos, usando 3 condições de superfície (sem tratamento; jato de óxido de alumínio de 50 μm; broca de tungsténio), utilizando 2 combinações de adesivos (monómero de metilmetacrilato + Transbond XT Primer; Scotchbond Universal Adhesive) seguido do compósito Transbond XT. Brackets cimentados a 15 incisivos mandibulares humanos com Transbond XT foram usados como controlo. A resistência adesiva ao cisalhamento foi avaliada com Instron, após termociclagem e armazenamento em água destilada (37ºC, 7 dias). O tipo de falha foi classificado pelo índice de adesivo residual, utilizando um estereomicroscópio. Os dados foram analisados com uma análise de variância e testes post-hoc (p<0,05).

Resultados:

Verificaram-se diferenças significativas na adesão ao polimetilmetacrilato entre os tratamentos da superfície (p<0,001), sendo o jateamento com óxido de alumínio superior à abrasão com broca de tungsténio. O sistema adesivo não influenciou significativamente a resistência adesiva nem o tipo de falha (p=0,8415). Os grupos experimentais obtiveram valores de adesão inferiores aos do controlo (p=0,1566).

Conclusões:

O tratamento mecânico da superfície influenciou significativamente a adesão de brackets ao polimetilmetacrilato. O jato de óxido de alumínio foi o tratamento mecânico mais eficaz. A união acrílico-adesivo foi o elo mais fraco da interface adesiva. A adesão ao polimetilmetacrilato foi inferior à adesão ao esmalte, independentemente do tratamento de superfície e do adesivo.

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