Objetivos:

Este trabalho pretende avaliar e comparar os parâmetros de rugosidade de superfície, ângulo de contacto e adesão de C. albicans em três materiais de base para próteses removíveis: o polimetilmetacrilato e as resinas termoplásticas polipropileno e poliolefina.

Métodos:

Foram confecionados 9 espécimes, 3 de cada um dos seguintes materiais (n=3): polipropileno, poliolefina e polimetilmetacrilato (grupo controlo). As resinas termoplásticas foram produzidas por técnica de injeção, e o polimetilmetacrilato por técnica de compressão.

Após o polimento laboratorial, avaliou-se a rugosidade de superfície (Ra e Rz) com o rugosímetro ótico 3D NPFLEX e o ângulo de contacto com o tensiómetro ótico Contact angle system OCA15. A adesão de C. albicans foi avaliada por quantificação das unidades formadoras de colónias (n=9). Os testes ANOVA e Kruskal-Wallis foram utilizados para comparação dos resultados entre os grupos, com um nível de significância de 0,05.

Resultados:

Todos os valores obtidos para o grupo de controlo foram inferiores aos das resinas termoplásticas. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas: na Ra, entre o polipropileno (0,15±0,072 μm) e o polimetilmetacrilato (0,03±0,006 μm) (p=0,045); no ângulo de contacto, entre os 3 grupos (p<0,001) - PMMA (26,57±6,719°), polipropileno (57,57±11,098°) e poliolefina (69,06±8,955°); e na adesão de C. albicans, entre o polimetilmetacrilato e a polipropileno (p=0,007), e entre o polimetilmetacrilato e a poliolefina (p=0,013).

Conclusões:

Nas condições testadas e para os materiais estudados, o polimetilmetacrilato apresentou menor rugosidade, menor ângulo de contacto e menor adesão de C. albicans, evidenciando melhores características para base de prótese removível do que os materiais termoplásticos.

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